O triatleta Fábio Torrecillas, 40, morreu no sábado (20) no Hospital Paraná, em Maringá (Noroeste). Ele passou dez dias intubado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após testar positivo para o novo coronavírus. O sepultamento aconteceu no início da tarde de domingo (21).
De acordo com a família, Torrecillas teve o diagnóstico confirmado para Covid-19 em 2 de março. Somente cinco dias após o teste, o triatleta teve 75% dos pulmões comprometidos pela infecção e precisou de internação. A intubação ocorreu em 11 de março.
"Ele positivou em uma terça-feira e precisou ir ao médico no sábado da mesma semana. Cinco dias depois foi para UTI ser intubado, indo a óbito ontem. O Fábio sentia muito cansaço e na primeira tomografia já apontou 75% dos pulmões tomados pela infecção", disse o marido dele, o empresário Adilson Saldino Batista, 55. O casal estava junto há 20 anos.
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Torrecillas era praticante do triatlo, esporte de alta intensidade que reúne ciclismo, natação e maratona.
Participante das três últimas edições do Ironman Brasil -o maior circuito de triatlo da América Latina-, o esportista se preparava para a Travessia do Leme ao Pontal, no Rio de Janeiro, com percurso de 34 quilômetros, no primeiro semestre deste ano. Em razão da prática de atividade cardiorrespiratória, a agressividade da infecção surpreendeu os familiares.
"Isso surpreendeu a gente porque era muito preparado, fazendo três vezes o Ironman, competindo em outras provas de natação com mais de 20 quilômetros em mar aberto, além de ter feito mais de 1 mil quilômetro de ciclismo em competições na Itália. Então isso deixa todo mundo boquiaberto. Estamos sem acreditar até agora", comentou.
O triatleta foi enterrado na cidade onde a família mora, em Madaguari (Região Metropolitana de Maringá). A perda da luta contra a Covid-19 gerou comoção de amigos e simpatizantes do esportista nas redes sociais.
"Ele serviu de muita inspiração. Tem gente que, se hoje está nadando e pedalando na região, é por incentivo dele. O Fábio foi um exemplo de vida como pessoa e como atleta, buscando sempre superar os próprios limites", concluiu o viúvo, que pretende montar uma fundação esportiva como nome do triatleta para incentivar a prática esportiva, em Maringá.