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OCTACAMPEÃ DE CONSTRUTORES

Sucesso faz Mercedes pagar taxa de R$ 24 milhões para correr na F1 em 2022

Julianne Cerasoli - UOL/Folhapress
08 mar 2022 às 11:18

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- Divulgação
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Dizem que o sucesso tem seu preço e a Fórmula 1 leva a sério a frase: as taxas de inscrição que as equipes têm de pagar para participarem do campeonato são calculadas com base na quantia de pontos que cada time marcou no ano anterior. E cada ponto do campeão custa mais caro que os demais nessa conta.


Que o diga a Mercedes, que teve de pagar R$ 35.410 por cada um dos 613,5 pontos que marcou na temporada 2021. Foi um ano em que eles conquistaram o octacampeonato inédito, mas em que também viram sua estrela Lewis Hamilton ficar com o vice entre os pilotos. E a conta não para por aí. Todas equipes têm de pagar R$ 2,9 milhões apenas como uma taxa básica, além da cobrança por pontos.

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Isso significa que a Mercedes teve de desembolsar mais de R$ 24,6 milhões para fazer sua inscrição, ou seja, mais de US$ 4,8 milhões, moeda com a qual a cobrança é contabilizada. Isso significa quase US$ 1 milhão a mais que a própria rival da Mercedes na disputa pelo título, a Red Bull.

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Essa diferença é explicada pela taxa menor por ponto que todas as demais equipes têm de pagar: são "somente" R$ 29.500 por ponto. Isso significa que a inscrição da Red Bull rendeu aos cofres da Federação Internacional de Automobilismo R$ 20,2 milhões.

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Ferrari gastou mais, mas recuperou investimento


Uma equipe que desembolsou muito mais do que para disputar a temporada do ano passado foi a Ferrari, que mais do que dobrou a quantidade de pontos (131 em 2020 e 323,5 em 2021). Porém, isso não é um mau negócio para as contas da Scuderia, que pulou do sexto lugar em 2020 para o terceiro o ano passado. Isso porque as equipes recebem mais dinheiro vindo dos direitos comerciais da F1, dependendo da posição do campeonato.

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Esses números não são divulgados e dependem de quanto a categoria arrecadou no total. Em um cenário pré-pandemia, a diferença entre ser sexto e terceiro ficava acima de US$ 70 milhões, mas tudo indica que tenha sido muito menor nos últimos dois anos.


De qualquer maneira, a Ferrari definitivamente saiu no lucro, ao contrário da Red Bull, que manteve o segundo lugar e marcou 266.5 pontos a mais. Com isso, pagou mais de R$ 8 milhões a mais para a FIA.

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Taxa de inscrição não conta para o teto


Três detalhes importantes a respeito destes números: as taxas de inscrição são pagas à FIA, enquanto o dinheiro que vem dos direitos comerciais é recebido por meio da Liberty Media. Os valores das taxas são atualizados de acordo com a inflação americana quando o regulamento é publicado, então é de se esperar que sejam ainda maiores ao final deste ano.

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E, para quem está se perguntando se esses números entram na conta do teto orçamentário que a F1 implementou em 2021, a resposta é não. As taxas de inscrição constam em uma longa lista de exceções, que vão da letra "a" até a "y" no regulamento financeiro da categoria. O teto, que é de US$ 140 milhões (R$ 715 milhões), visa limitar mais os gastos relacionados ao desenvolvimento do carro em si.


Quanto cada equipe pagou pela inscrição na temporada 2022 da F1 (em reais)

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Mercedes: R$ 24,6 milhões (613,5 pontos)

Red Bull: R$ 20,2 milhões (585,5 pontos)

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Ferrari: R$ 12,5 milhões (323,5 pontos)

McLaren: R$ 11 milhões (275 pontos)

Alpine: R$ 7,5 milhões (155 pontos)

AlphaTauri: R$ 7,1 milhões (142 pontos)

Aston Martin: R$ 5,2 milhões (77 pontos)

Williams: R$ 3,6 milhões (23 pontos)

Alfa Romeo: R$ 3,3 milhões (13 pontos)

Haas: R$ 2,9 milhões (0 pontos)

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