O handebol brasileiro se aproxima cada vez mais das principais potências olímpicas da modalidade. Prova disso é que nesta segunda-feira a seleção feminina volta ao Brasil depois de conhecer o Olympic Park, que sediará a modalidade nos Jogos Olímpicos de Londres, e traz na bagagem dois empates contra a Noruega, atual campeã europeia, mundial e olímpica.
Quinta colocada no Campeonato Mundial de São Paulo, em dezembro, o Brasil enfrentou duas vezes a Noruega amistosamente. Na quinta-feira, o empate foi em 29 a 29. Depois, no sábado, o resultado foi 25 a 25.
O técnico do Brasil, o dinamarquês Morten Soubak se mostrou satisfeito com o primeiro teste olímpico da seleção. "Ainda precisamos trabalhar mais, mas o balanço é positivo." Sua maior preocupação é fazer suas comandadas levarem menos contra-ataques. "Temos que ter mais paciência e errar menos passes no ataque", ensinou.
O treinador apontou como ponto alto da equipe o poder de reação, já que em ambos os jogos conseguiu a igualdade tirando uma desvantagem considerável no fim. "A partir da metade do segundo tempo, a Noruega dominou, mas nós conseguimos fechar a partida muito bem, jogando com mais agressividade", comentou Soubak, em referência ao jogo de sábado.
Artilheira da partida de sábado, com 11 gols, a armadora Eduarda Amorim, a Duda, vislumbra muitas alegrias nas Olimpíadas. "Temos chance de ganhar uma medalha", acredita.
A série de amistosos em Londres havia começado na terça-feira passada, com uma vitória por 30 a 18 sobre a Grã-Bretanha, país sem tradição no esporte e que só montou uma seleção para participar da Olimpíada. "Foi muito bom podermos testar o ginásio onde brigaremos pela medalha olímpica inédita", lembrou Soubak.