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Seleção brasileira vai a Paris para ampliar hegemonia no futebol de cegos

Folhapress
26 ago 2024 às 17:10
- Alessandra Cabral
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Durante as Paralimpíadas de Paris-2024, que começam na quarta-feira (28), a seleção brasileira de futebol de cegos terá a oportunidade de ampliar o sentido da expressão francesa hors concours, usada para distinguir competidores notáveis.

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Não é exagero. O Brasil é o único país do mundo a conquistar medalhas de ouro na modalidade. Foram cinco desde Atenas-2004. "Até agora não perdemos nenhum jogo nessas edições, isso mostra o quanto a gente leva a sério", disse o ala baiano Jeferson da Conceição. Em cinco edições, foram 21 vitórias e seis empates.

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Jefinho, 34, é medalhista desde Pequim-2008. Para ele, a hegemonia pode ser explicada pela preferência, "é a nossa competição favorita. Chega a arrepiar. Nossa equipe tem rodagem internacional e mentalidade vencedora", afirmou o jogador que foi eleito melhor do mundo em 2010.


O craque gosta de jogar ao lado do ala gaúcho Ricardo Alves, 35, capitão do time. Ele foi considerado o melhor do planeta em 2006, 2014 e 2018. O entrosamento entre os dois, que já rendeu quatro medalhas de ouro, recebeu um refinamento diferente para este ciclo.

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Os convocados estavam concentrados em João Pessoa (PB) desde janeiro. Lá, eles treinaram de segunda a sábado, em dois períodos.


A Folha de S.Paulo acompanhou o último treino da seleção no Brasil antes de embarcar para a França. A atividade aconteceu no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, no último dia 18. A seleção apresentou variações de jogadas de bola parada e ensaiou como sair da pressão adversária durante o jogo.

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Palavras curtas eram suficientes para alterar a forma de a seleção se comportar dentro de campo. A potência da finalização dos jogadores tornava as jogadas ensaiadas ainda mais imprevisíveis, os chutes acertavam o gol de qualquer lugar nos dois terços finais do campo.


De acordo com Ricardinho, as movimentações do futebol de cegos evoluíram nesses 20 anos, por isso a necessidade de ser imprevisível. "Tentamos nos reinventar. Os adversários focaram em estudar o Brasil, porque somos a seleção a ser batida", disse o capitão.

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Grupos como Argentina, China e Colômbia estão entre os mais perigosos na disputa pelo título em Paris. De longe, as medalhas paralímpicas douradas funcionam como um símbolo de respeito, mas assim que o árbitro apita, elas viram um alvo colado no peito dos brasileiros.


"Tem muita provocação e malandragem de alguns jogadores, daí a gente precisa administrar a catimba. Por exemplo, o time da Colômbia mesmo, tem uns dois ou três lá que são bem complicadinhos [risos]", brincou Ricardinho.

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Durante as partidas, rivais até dizem que o Brasil vai vencer para desconcentrar o time. Craque, mas não santo, Ricardo tem a resposta na ponta da língua para esses casos: "eu digo para eles, estão querendo ensinar o padre a rezar missa? Eu já estou batendo nesse negócio há muito tempo".


O ala defensivo Maicon Júnior ainda não goza da mesma experiência do seu companheiro. "Jefinho e Ricardinho são exemplos para mim, dentro e fora de campo", afirmou.

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O baiano vai fazer sua estreia em Paralimpíadas nesta edição e diz que sempre sonhou com esse momento, mas também dá ansiedade. "Agora é apoiar em todo treinamento que já foi feito", disse o caçula do time. O defensor tem 24 anos, assim como Vinicius Junior, do Real Madrid.


Maicon encampa um discurso em prol da diversidade no futebol. "Eu, Vinicius Junior e outros mais que tem aí conquistando o seu espaço mostramos que somos capazes. A gente precisa estar inserido no esporte. Espero que os poderes públicos nos ajudem. A contribuição deles é boa para educar as próximas gerações, famílias e trazer esperança", apontou.


O Brasil estreia nas Paralimpíadas contra a Turquia no dia 1º de setembro. O grupo da seleção ainda é formado pela China e pela França, dona da casa.


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