Campeão mundial de Fórmula 1 em 2007, Kimi Raikkonen foi anunciado pela Renault, nesta terça-feira, como novo piloto da equipe. O finlandês assinou contrato de dois anos com a escuderia, depois de ter deixado a principal categoria do automobilismo mundial no final de 2009.
Raikkonen, de 32 anos, faturou o título de 2007 em seu primeiro ano pela Ferrari, após ter pilotado para a McLaren entre 2002 e 2006. Ele estreou na F1 em 2002, pela Sauber, depois de ser campeão da F-Renault Inglesa. Ao total, ele acumulou 18 vitórias, 62 pódios e 16 poles na Fórmula 1, de onde saiu para disputar duas temporadas do Campeonato Mundial de Rali (WRC).
Agora, Raikkonen festeja seu retorno à elite do automobilismo. "O tempo que passei no WRC foi um período útil da minha carreira como piloto, mas não posso negar que a minha ânsia pela F1 recentemente tornou-se esmagadora", revelou o finlandês, reforçando que resolveu aceitar a proposta da Renault também por causa dos planos da escuderia de voltar a brigar por grandes objetivos na F1.
"Foi uma escolha fácil voltar com a Renault já que fiquei impressionado com o alcance da ambição da equipe. Agora estou ansioso por desempenhar um importante papel em empurrar a equipe para a frente do grid", disse Raikkonen.
Gérard Lopez, presidente do Genii, acionista majoritário da Renault, afirmou que a confirmação de Raikkonen como piloto da equipe é o "primeiro de uma série de anúncios que deve nos tornar um candidato ao título ainda mais sério no futuro".
O dirigente também reforçou que a contratação de Raikkonen representa o início de um "novo ciclo" para a Renault. "Nos bastidores, nós trabalhamos bastante para construir as fundações de uma estrutura bem sucedida e para garantir que logo nós seríamos capazes de competir no mais alto nível", enfatizou.
Com a volta de Raikkonen, a Fórmula 1 passa a contar agora com a presença de seis campeões mundiais no seu grid. Além do próprio piloto finlandês, a categoria já tem Michael Schumacher (com sete títulos), os bicampeões Sebastian Vettel e Fernando Alonso e a dupla de ingleses Lewis Hamilton e Jenson Button, estes dois últimos com uma conquista cada um.
BRUNO SENNA - A contratação de Raikkonen também deixa o futuro de Bruno Senna na Renault ainda mais ameaçado. O brasileiro passou a ocupar o posto de titular da equipe durante a última temporada, após a demissão do alemão Nick Heidfeld, e agora deverá concorrer por um posto na vaga que hoje é do russo Vitaly Petrov, cuja permanência na escuderia ainda não está garantida para 2012.
Embora Petrov tenha contrato com a Renault até o final do ano que vem, o seu desempenho nesta última temporada esteve longe de empolgar os integrantes da equipe. Ele fechou 2011 na décima posição do Mundial, com 37 pontos, apenas três à frente de Heidfeld, o 11.º colocado, dispensado antes das últimas oito etapas do campeonato.
Antes do início da última temporada, Heidfeld assumiu o posto do polonês Robert Kubica, que ficou fora de todo Mundial de 2011 por causa do grave acidente que sofreu em uma prova de rali, em fevereiro, na Itália. E, na semana passada, a Renault anunciou que não conta com o piloto da Polônia no início da próxima temporada, após o próprio corredor informar que ainda não se sente pronto para retornar ao posto de titular da equipe.
E, além de Bruno Senna, o francês Romain Grosjean, atual piloto reserva da Renault, também aparece como forte candidato à vaga que pode ser aberta por Petrov.