O anúncio da inclusão de cinco novos esportes no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, busca trazer para o evento esportivo modalidades que são populares nos Estados Unidos.
Esporte preferido entre os estadunidenses, o futebol americano será representado nas Olimpíadas por meio do "flag football".
Será a primeira aparição da modalidade no maior evento multiesportivo do planeta. Nos Jogos de 1932, também em Los Angeles, o futebol americano entrou no programa olímpico como esporte de demonstração, na que foi sua única participação.
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No "flag football", algo como "futebol com bandeira", os jogadores também têm como objetivo avançar com a posse de uma bola oval contra o campo adversário, como ocorre no futebol americano. No entanto, não há o contato físico, muitas vezes violento, visto na modalidade mais popular.
Em vez de derrubar os jogadores com o corpo para interromper a evolução de uma jogada, no "flag football" os praticantes precisam retirar as bandeiras de pano que ficam amarradas às cinturas dos rivais para impedir seu avanço.
No Brasil, o "flag football" é organizado pela CBFA (Confederação Brasileira de Futebol Americano).
No início do mês, a confederação brasileira anunciou uma parceria com a NFL (liga profissional de futebol americano dos EUA) para lançar um programa de formação de jovens atletas de "flag football" no Brasil.
O primeiro evento resultante da parceria foi o "NFL Flag National Championships", um torneio realizado no domingo (15), em São Bernardo do Campo, que reuniu 12 times com crianças de até 12 anos.
"Desenvolver as categorias de base e trabalhar com escolas e crianças sempre foi um grande desejo para nós. A colaboração entre a CBFA e a NFL impulsiona muito tudo isso", afirmou Cris Kajiwara, presidente da CBFA.
Entre os adultos, as seleções masculina e feminina foram campeãs no Sul-Americano realizado em Itapecerica da Serra, em São Paulo, em dezembro do ano passado. Na final, a equipe feminina do Brasil venceu a Colômbia por 32 a 12, e a masculina bateu a Argentina por 35 a 33.
No Mundial da modalidade, disputado no fim de 2021, em Israel, a seleção feminina ficou com a quarta posição. Já o time masculino ficou com a 17ª posição.
Beisebol fará sétima participação olímpica nos Jogos de Los Angeles
O beisebol, que também está entre os esportes mais populares nos Estados Unidos, tem uma tradição maior em Jogos Olímpicos.
Nos Jogos de 2028, o beisebol vai para sua sétima participação oficial, tendo sido disputado em 1992, 1996, 2000, 2004, 2008 e 2020, sem considerar as edições como esporte de demonstração.
O softbol, versão semelhante ao beisebol praticado principalmente por mulheres, também foi incluído no programa dos Jogos de 2028 e fará sua sexta aparição nas Olimpíadas. A modalidade participou nas edições de 1996, 2000, 2004, 2008 e 2020.
As maiores diferenças entre os dois esportes estão no tamanho da bola, que é maior no softbol, e nas dimensões do campo, que são maiores no beisebol.
A seleção masculina brasileira de beisebol vai disputar os Jogos Pan-Americanos, no Chile. A estreia será contra a Venezuela, na quinta-feira (19). A equipe se classificou para o torneio após seu décimo título sul-americano, conquistado no ano passado em Lima, no Peru. A última participação foi em 2007, no Rio de Janeiro, quando terminou a competição na sétima colocação.
Lacrosse volta ao programa olímpico após participações em 1904 e 1908
Também popular nos Estados Unidos e no Canadá, especialmente em colégios e universidades, o lacrosse é conhecido pelo uso de bastões com uma espécie de cesto em uma das pontas, na qual os jogadores devem carregar a bola em direção ao gol adversário.
O esporte fez parte do programa oficial nos Jogos de 1904 e 1908, quando a equipe canadense se sagrou bicampeã.
Em maio de 2023, a federação internacional da modalidade aprovou a entrada do Brasil como seu 86º membro. "Estamos ansiosos para construir uma rede robusta de lacrosse nos próximos anos, juntando-se à próspera comunidade internacional que já existe para o esporte", declarou Manuel Elbio Aquino Sequeira, presidente da confederação brasileira.
Em torneio qualificatório disputado na Colômbia, em julho de 2022, Peru, México, Jamaica e Porto Rico se classificaram para o Mundial de 2023. O Mundial de lacrosse foi disputado nos Estados Unidos entre junho e julho e foi vencido pelos donos da casa, com o Canadá ficando com o vice-campeonato.
Críquete feminino do Brasil desponta na América do Sul
No caso do críquete, o apelo nos Estados Unidos não é tão grande, mas trata-se da modalidade esportiva mais popular na Índia, que atualmente sedia a Copa do Mundo. O país asiático tem sinalizado a intenção de sediar os Jogos Olímpicos no futuro. O esporte fez uma única aparição nas Olimpíadas, em 1900, na edição de Paris.
As entidades que organizam torneios de críquete celebraram o retorno da modalidade às Olimpíadas e disseram esperar que não seja uma aparição única. Foram necessários dois anos de intensa negociação para a inclusão do jogo, que possui 2,5 bilhões de fãs em todo o mundo e é considerado uma religião no subcontinente indiano.
O Brasil desponta como uma das principais forças do críquete na América do Sul entre as mulheres. A seleção brasileira feminina é tetracampeã sul-americana, com vitória nas edições de 2015, 2016, 2018 e 2019. No masculino, o melhor resultado foi o vice sul-americano em 1997 e 2015.
Squash faz sua estreia olímpica em 2028
Já o squash nunca apareceu anteriormente em uma edição dos Jogos Olímpicos, embora tenha sido um esporte de demonstração nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, em 2018.
O esporte geralmente é jogado por dois adversários em uma quadra retangular fechada. O objetivo é rebater a bola contra a parede de modo que o adversário não consiga rebater a bola de volta.
Em Jogos Pan-Americanos, o esporte estreou em 1995, em Mar del Plata. O Brasil conquistou 11 medalhas no torneio continental, sendo duas de prata e nove de bronze.