O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, demonstrou nesta quarta-feira se opor a qualquer diminuição da suspensão por doping de Lance Amrstrong, que está banido do esporte, dizendo que todos o apelo por clemência do ex-ciclista norte-americano foi "muito pouco" e veio "tarde demais".
Bach afirmou que Armstrong não faz uma "admissão real" e sua suspensão não deve ser revista. Recentemente, o norte-americano sugeriu que ele poderia cooperar com uma comissão para investigar o doping no ciclismo em troca de uma redução na punição. E a especulação aumentou após o presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) declarar que uma investigação independente sobre o doping no ciclismo era iminente.
"Eu não me sentiria confortável com isso (reduzir a punição de Armstrong) pois é muito pouco, muito tarde. Não foi mesmo uma admissão real", disse Bach, em entrevista na África do Sul, durante a Conferência Mundial sobre Doping no Esporte.
"Tentar negociar um acordo agora depois de tudo ser provado, e agora ele perceber que não pode sair da suspensão, este não é o melhor caminho, diminuir a sanção ou ser leniente de qualquer maneira", acrescentou.
Bach apoiou a possibilidade de uma investigação independente sobre o passado de casos de doping que mancharam a reputação do ciclismo. O dirigente revelou que vai se reunir ainda nesta semana com Brian Cookson, o novo presidente da União Ciclística Internacional (UCI), para conversar sobre o assunto.
"Eu acho que o ciclismo está aproveitando a oportunidade para reforçar a sua luta contra o doping", disse Bach. "O que eu tenho visto e ouvido até agora é que a UCI está realmente indo na direção certa".