O presidente Sergio Marchionne admitiu nesta segunda-feira que a Ferrari teve um ano "para esquecer" em 2014, em razão dos fracos resultados nos circuitos da Fórmula 1 e das dificuldades internas vividas pela equipe italiana. Marchionne concedeu entrevista coletiva ao lado de Maurizio Arrivabene, o terceiro chefe de equipe da Ferrari neste ano.
"Eu não quero falar de 2014 porque foi um ano para esquecer", desconversou Marchionne ao ser questionado sobre a temporada da Ferrari. Presidente desde setembro, ao substituir Luca di Montezemolo, o diretor executivo do grupo Fiat Chrysler evitou falar sobre a pífia campanha do time italiano no Mundial de Pilotos e de Construtores da Fórmula 1.
Ele preferiu fazer projeções para a temporada 2015, mas mesmo assim evitou o tom otimista. "2015 será um ano de reconstrução. Fizemos escolhas sobre a composição da equipe nos últimos dias e sabemos exatamente quem são as pessoas decisivas para o desenvolvimento [do carro]", declarou Marchionne.
O presidente se referia às saídas de Pat Fry, Nikolas Tombazis e Hirohide Hamashima, além do veterano espanhol Pedro de La Rosa, que era piloto de testes. Em compensação, o time trouxe Jock Clear, que foi engenheiro da Mercedes neste ano. "Nós removemos toda a bagagem de incerteza que tem sido o flagelo do início do trabalho no projeto de 2015."
Para remontar a equipe, Marchionne conta a atuação decisiva de Maurizio Arrivabene. Ele vai ocupar o lugar que foi de Stefano Domenicali e Marco Mattiacci neste ano. "Eu trago a experiência adquirida na minha empresa anterior, o fato de saber como motivar as pessoas e trazê-los para dar o seu melhor. Estou aqui para dar confiança ao grupo e remontar a equipe", disse o novo dirigente do time italiano.
Apesar da confiança, o novo chefe de equipe da Ferrari admitiu que ainda não será em 2015 que a equipe retomará o brilho conquistado na história da F1. Na sua avaliação, se o time obter duas vitórias, com Sebastian Vettel ou Kimi Raikkonen, já será um sucesso. "Se vencermos quatro corridas, estaremos no céu", complementou Marchionne.