Uma das vozes mais críticas do esporte brasileiro, Joanna Maranhão resolveu se envolver de vez com a política nacional. Após apoiar publicamente as candidaturas de Marcelo Freixo no Rio e Luiza Erundina em São Paulo, ela recentemente assinou sua filiação ao PSOL, sendo recebida por militantes do partido em Belo Horizonte (MG), onde agora mora.
Em agosto, durante a Olimpíada do Rio, ela foi envolvida em uma polêmica depois de fazer comentários contrários ao impedimento da então presidente Dilma Rousseff. Por conta disso, passou a conviver com críticas pesadas nas redes sociais.
Ainda durante os Jogos, após deixar a Vila dos Atletas, ela chegou a registrar queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) contra mais de 250 autores de ofensas, alguns deles chegando ao ponto de dizer que ela "merecia ser estuprada", numa referência à revelação de que ela sofreu abuso sexual na infância.
Apesar de ser natural de Pernambuco, onde comanda um projeto social, o Infância Livre, que combate o abuso infantil, Joanna se filiou ao PSOL de Belo Horizonte. Ela recentemente se mudou para lá depois de se casar com o judoca Luciano Corrêa, do Minas Tênis Clube. A nadadora, porém, fechou contrato com a Unisanta, de Santos, depois de não ter o contrato renovado pelo Pinheiros.
Nas redes sociais, ela negou que a filiação, comemorada inclusive pelo presidente do PSOL nacional, Luiz Araújo, seja motivada por uma candidatura futura. "(Eu me filiei), mas sem intenção de me candidatar. Acredito nas pautas do partido e milito por isso", garantiu.
No campo esportivo, Joanna vem sendo a principal voz contra o fato de a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) ter apontado, sem questionar os nadadores, os membros da comissão de atletas, que terá voto na eleição da entidade. "A Comissão de Atletas montada pela CBDA é imoral e ilegal", opinou também no Twitter.