A passagem da tocha olímpica por Curitiba começou nesta quinta-feira (14), perto das 10h30, no Museu Oscar Niemeyer (MON), sob aplausos e também protestos de diferentes grupos. O primeiro a conduzir a chama foi o atleta paralímpico do rúgbi Moisés Batista, que já participou dos jogos de Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008. O trajeto possui ao todo 36 quilômetros e vai envolver 170 condutores, anônimos e famosos.
"Num momento tão difícil que o mundo está vivendo, de tanta tristeza e tanta dificuldade, onde o amor não é disseminado, a gente poder transmitir alegria para as pessoas é algo ímpar", afirmou Moisés. Ele contou que competiu na natação durante 20 anos, tendo participado ainda de cinco Panamericanos. "Escolhi o rúgbi para encerrar minha carreira, fui até Toronto, tentei o Rio, não consegui, mas estarei lá torcendo por todo mundo".
O atleta disse ainda lamentar "enfrentar coisas que não têm nada a ver com esporte". Antes mesmo da chegada da pira olímpica, já era possível ouvir gritos de manifestantes contrários ao governo do presidente interino Michel Temer (PMDB-SP), que levaram faixas e cartazes ao MON. Mas sobraram críticas também ao PT, partido da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), e ao governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Apesar da mobilização, até o momento não foram registrados incidentes.
Por volta das 11 horas, entre o MON e a Assembleia Legislativa (AL), no Centro Cívico, Moisés passou a chama para o montanhista Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a escalar o Everest, o mais alto monte do mundo. A tocha seguiu então por diversos pontos do centro da cidade, como o Passeio Público, o Teatro Guaíra, as Praças Santos Andrade, Tiradentes e Rui Barbosa, além do Jardim Botânico.
A expectativa é que o comboio chegue à Pedreira Paulo Liminski, onde será acesa a pira de celebração, às 18 horas. No local, haverá uma cerimônia e shows, como o da Banda Leash e Big Time Orchestra. A chama está no Paraná desde o dia 28 de julho e já passou por outros 16 municípios.