Depois de derrotar o norte-americano Brandon Rios no último domingo, em Macau, na China, e ficar com o cinturão dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe, Manny Pacquiao afirmou nesta terça-feira que não tem como disponibilizar neste momento o dinheiro que prometeu doar para ajudar vítimas do tufão Haiyan, que provocou mais de cinco mil mortes nas Filipinas, no início deste mês. O astro filipino apontou que as autoridades fiscais de seu país "congelaram" suas contas bancárias, depois dele não ter conseguido provar que pagou impostos como deveria em 2008 e 2009.
Um dos maiores nomes do boxe em todos os tempos, Pacquiao afirmou que solicitou o empréstimo de 1 milhão de pesos filipinos (cerca de US$ 22.700) e pedirá mais algum valor emprestado para manter sua promessa de ajudar as vítimas do tufão Haiyan.
O pugilista de 34 anos de idade alega que pagou impostos nos Estados Unidos depois de suas vitórias sobre Ricky Hatton e Oscar de la Hoya, explicando que um tratado impede a dupla tributação neste caso. Um processo criminal referente ao assunto foi arquivado, mas autoridades fiscais das Filipinas notificaram que impostos ainda estão pendentes.
No último domingo, Pacquiao foi declarado vencedor por decisão unânime dos juízes após a luta diante de Brandon Rios. O triunfo foi um alívio para o astro, que se via muito pressionado após as derrotas seguidas para Timothy Bradley e Juan Manuel Márquez, sendo a última delas por nocaute. Segundo o empresário do pugilista, Bob Arum, um novo revés poderia até colocar fim à carreira do filipino, que chegou a ficar invicto por sete anos e detém agora um cartel de 55 vitórias (com 38 nocautes), cinco derrotas e dois empates.