Pelé afirmou nesta terça-feira que não está preocupado com a influência que poderá ter a presença do presidente dos EUA, Barack Obama, a favor de Chicago no evento que será realizado nesta sexta-feira, em Copenhague, na Dinamarca, e definirá a cidade eleita como sede da Olimpíada de 2016.
O Rio de Janeiro é visto como um favorito antes da votação de sexta-feira do Comitê Olímpico Internacional (COI), mas a decisão de Obama de voar até Copenhague poderá balançar os membros da entidade a favor de Chicago. Madri e Tóquio são os outros candidatos a receber os Jogos.
Entretanto, Pelé afirmou nesta terça-feira que o Rio "não compete com Obama". "Nós competimos contra Madri, Tóquio e Chicago", enfatizou o ex-jogador, que depois deixou a modéstia de lado ao lembrar que ele próprio tem poder de influenciar a realização da Olimpíada no Rio. "Se eles (dos Estados Unidos) têm Obama, nós temos (o presidente) Lula, nós temos Pelé", afirmou.
Pelé ainda ressaltou que o ineditismo é um favor que pesa a favor da América do Sul na disputa. "Nós temos algumas razões para acreditar no Rio de Janeiro, não apenas no Rio mas na América do Sul, porque nós nunca tivemos a Olimpíada", ressaltou Pelé, após assistir adolescentes dinamarqueses jogarem futebol em dois bairros de Copenhague.
O ídolo mundial ainda exagerou ao comentar a situação do Rio, que tem na violência urbana um dos seus principais problemas na luta para ser sede da Olimpíada. "O Rio não tem qualquer problema", disse Pelé, que depois reforçou: "A cidade, a economia é muito boa. O único país que não sofre com a crise financeira mundial é o Brasil".