O brasileiro aprendeu a gostar de futebol americano nos últimos anos. Prova disso é o número crescente de bares que neste domingo (4) transmitem o Super Bowl, a final da NFL (Liga de Futebol Americana). Além do público masculino que acompanha o futebol americano no País da bola redonda, o número de mulheres fãs da bola oval também está em crescimento, algo considerado inimaginável anos atrás.
Bruna Libos, 23, é fã dos Denver Broncos. A arquiteta conta que o encantamento com o time aconteceu no final de 2012, quando fez intercâmbio na cidade de Denver, no Colorado. "Fui para Denver no ano em que o time voltou a ser elite no futebol americano. Foi muito legal porque 2012 foi quando o Manning foi contratado", comenta sobre Peyton Manning, ex-quarterback do time, considerado uma lenda do esporte. "Na semana dos jogos, era como se fosse Copa do Mundo", lembra. Bruna começou a assistir NFL sozinha. Fã de esportes em geral, ela "pegou amor pelo time" quando em 2016 assistiu o Denver Broncos ser campeão do Super Bowl.
Bruna disse que assiste a maioria dos jogos acompanhados do público masculino. Na opinião dele, não há preconceito para com mulheres que acompanham a NFL. Mas, a singularidade está no fato de que, no Brasil, o futebol americano ainda não é tão difundido e que, aliado a isso, as brasileiras são menos apegadas aos esportes. "Acho que o Brasil não tem muito essa cultura de assistir ao futebol americano. Agora que está ficando mais forte. Nos EUA, o futebol envolve mais as pessoas, envolve patriotismo. É uma coisa muito deles", conta.