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"Nosso futebol não está morto", diz técnico da seleção olímpica após medalha de ouro

21 ago 2016 às 09:16

"É uma fase que passou, e agora, para o futuro, vamos ter mais tranquilidade para lidar com essa situação. O nosso futebol não está morto", disse Rogério Micale na entrevista concedida à imprensa após a partida disputada no último sábado (20). "Acredito muito no potencial dos jogadores", completou, ressaltando que a seleção pode apresentar um futebol ainda melhor. Micale começou sua carreira como goleiro, defendendo o Londrina Esporte Clube (LEC) entre 1990 e 1992. Depois, como treinador, teve uma passagem pelo sub-20 do Tubarão em 2004.

Micale falou de sua realização pela conquista do ouro e disse que espera ter contribuído para a seleção principal, treinada por Tite. "A gente tem uma geração muito boa que, com esse amadurecimento tático, acredito que tem muitas chances de cada vez mais contribuir com o nosso futebol e desenvolver os seus talentos".


O técnico elogiou os jogadores que bateram os pênaltis que decidiram a partida e também o goleiro Weverton, que conseguiu defender um dos chutes alemães e possibilitou a vitória, com o pênalti convertido em gol por Neymar. "O fato de ele ter marcado o último gol é importante porque é uma referência para o nosso futebol", disse Micale. "A gente sabe da qualidade que ele tem, do ícone que é do futebol brasileiro. Fico feliz que tenha finalizado a série", acrescentou.


Neymar deve deixar a braçadeira de capitão da seleção à disposição para que Tite decida quem será o líder do time em campo. Para Micale, esse gesto mostra amadurecimento do principal jogador da seleção brasileia. "Ele se mostrou um líder, um cara extremamente dedicado e saio com as impressões mais positivas a respeito dele", disse.


Os medalhistas de ouro fizeram festa no estádio após a classificação e chegaram à zona mista de imprensa ainda eufóricos. Renato Augusto, que teve uma boa atuação na partida, disse estar muito emocionado por ter sido criado no bairro da Tijuca, onde fica o Maracanã.


"Sou tijucano. Sou daqui. Então, é difícil dizer até o que eu sinto. A ficha não caiu ainda. É algo especial, minha família estava aqui, meus amigos estavam aqui. Como ainda não tenho filho, pode ser um dos melhores dias da minha vida", afirmou.


O zagueiro Rodrigo ressaltou que o jogo foi extremamente difícil, mas encarado com muita concentração pelos brasileiros. "Conseguimos fazer um belíssimo trabalho e terminamos com o título".

Mais uma vez, ele afastou a interpretação de que o jogo se tratava de uma revanche contra a Alemanha, depois da semifinal da Copa do Mundo, quando o Brasil foi derrotado por 7 a 1. "A gente focou somente nesta competição e em fazer o nosso trabalho", afirmou.


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