Leandro Torres estreou no Rally Dakar em 2016. Na categoria UTV, teve como navegador o experiente Lourival Roldan, que disputava a prova pela nona vez. A meta era chegar ao fim, e eles não só concluíram, como subiram ao pódio, na terceira colocação. E como em time que ganha não se mexe, em 2017 estarão juntos novamente, com objetivo de mais uma vez fazer história na maior competição off-road do planeta, que começou no domingo (1), em Assunção (Paraguai) e termina dia 14, em Buenos Aires, na Argentina.
"No Dakar de 2016, o sonho era completar, pois são poucos os competidores que conseguem chegar ao fim na estreia, e consegui. Desta vez, continuamos com esse objetivo, porém, acredito que poderemos andar mais rápido em trechos que fomos muito cautelosos na edição anterior", afirma Leandro, 45 anos, carioca, que mora em São Paulo desde 1994.
Na edição de 2017, que segundo Etienne Lavigne, diretor do Dakar, será a mais difícil da história sul-americana da prova, Leandro aponta como principal adversário a altitude (a largada será ao nível do mar, e em alguns trechos atingirá 5.000 metros em território boliviano). "Em 2016, foi apenas um dia (na altitude). Agora, serão quatro. Temos de ver como o carro e também como nossos corpos irão se comportar. Ainda bem que o descanso será em La Paz (Bolívia), isso irá ajudar na aclimatação", descreve o piloto.
Sobre a estratégia de prova, a ideia é usar o que deu certo na edição anterior. "Andei com o Lourival pela primeira vez no Dakar. Ele é bem sensato e todos os dias fazíamos um planejamento de como seria a etapa e procurávamos manter o foco. Isso funcionou. Agora, vamos novamente fazer a nossa prova, independentemente dos adversários. Sabemos que não adianta arriscar o equipamento nos primeiros dias, pois isso não nos fará ganhar. Mas, por outro lado, pode nos tirar da disputa", afirma o piloto, que tem a regularidade como sua maior virtude.
"Estou com uma expectativa muito boa para essa edição do Dakar. Temos grandes chances de buscar uma excelente colocação. Em 2016, nossa obrigação era terminar. Agora, é andar o melhor possível", declara o navegador Lourival Roldan, que disputa a prova pela décima vez.