Depois da polêmica do GP de Mônaco, no fim de semana, Nico Rosberg admitiu nesta terça-feira que o clima não anda nada bom dentro da Mercedes. Sem citar o nome do companheiro Lewis Hamilton, o piloto alemão disse que a situação está "um pouco difícil internamente", apesar do amplo domínio da equipe na temporada 2014 da Fórmula 1.
"Está um pouco difícil internamente neste momento, mas isso já aconteceu no passado no nosso esporte", declarou o piloto, em uma visita à seleção alemã, no norte da Itália. Fã de futebol, Rosberg é torcedor do Bayern de Munique e aceitou convite da federação do seu país para conversar com o grupo neste início de preparação do time para a Copa do Mundo.
Mas, apesar da expectativa pelo Mundial, o piloto não deixou de comentar sobre a rivalidade vivida dentro da Mercedes, na F1. E tentou minimizar os atritos com Hamilton. "Nós discutimos nossas questões e já o fizemos. Tudo ficará melhor e logo esqueceremos isso".
Rosberg se referia à "guerra fria" que teve início com Hamilton no fim de semana. O clima entre os dois começou a deteriorar no treino de sábado, quando o alemão abandonou o treino mais cedo, a poucos segundos do fim, e acabou impedindo que o inglês finalizasse sua melhor volta.
O alemão era então o mais rápido e estava perto da pole position. Mas Hamilton fazia volta melhor e tinha boa chance de ficar com o primeiro lugar no grid. Rosberg chegou a ser investigado, por ter feito a parada supostamente de forma proposital, mas não foi punido. Hamilton evitou polemizar, sem porém esconder a desconfiança. No fim da corrida, no domingo, o inglês sugeriu que a Mercedes teria favorecido o companheiro em Mônaco.
Diante dos jogadores da seleção alemã, Rosberg evitou ampliar a polêmica. E destacou o trabalho coletivo dentro da equipe. "No nosso esporte, nós só podemos ter sucesso quando trabalhamos em grupo. Nada pode acontecer sozinho. Eu faço um esforço em nome do grupo e do clima dentro da equipe".