Max Verstappen viu a distância de 18 pontos desaparecer durante as voltas finais do GP de Bahrein, quando seu Red Bull começou a apresentar problemas na direção e forçou o piloto a se retirar da corrida. Ele terminaria a prova em segundo lugar, mas o circuito acabou com uma dobradinha da Ferrari.
O holandês disse que os problemas técnicos da Red Bull, sofridos durante as últimas voltas do Grande Prêmio do Bahrein, "não podem acontecer neste nível", já que o início de temporada foi frustrante.
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O fim de prova da Red Bull foi trágico. Verstappen perseguiu o campeão Charles Leclerc por todo o GP, chegou a ocupar a liderança por alguns metros, mas abandonou a três voltas da bandeirada com problemas no volante. Após passar boa parte da prova reclamando da direção, Max Verstappen abandonou a corrida assim que o Safety Car liberou a bandeira verde de novo. O problema no carro de Verstappen desestabilizou, também, o companheiro de equipe Sérgio Perez, que rodou no final.
Ambos os pilotos da Red Bull tiveram problemas técnicos, com Verstappen perdendo velocidade em linha reta e desacelerando significativamente, enquanto Perez parou imediatamente após girar na curva 1 na volta final, entregando um lugar no pódio para Lewis Hamilton.
Os problemas de Verstappen começaram com reclamações sobre um aumento no peso da direção antes de perder a potência do motor, após o reinício do Safety Car.
"Não sei o que houve", disse o holandês. "Nós não entendemos completamente por que isso aconteceu, mas foi depois que os pneus foram colocados e eu saí". O piloto se refere à última troca de pneus, quando a Red Bull lançou a estratégia dos pneus macios para tentar ultrapassar Leclerc.
"O volante estava muito pesado, era quase impossível dirigir e quanto mais eu acelerava, mais parecia que havia um atraso. Eu dava o comando, de virar para a direita, por exemplo, e o carro demorava um pouco. Por isso, meu recomeço foi muito ruim", disse. "Eu queria acelerar, mas não consegui abrir o volante porque estava preso."
O piloto afirma que precisou lidar com diferentes problemas na primeira corrida do ano, e que "é claro que não era isso que eu queria no início da temporada".
"O ritmo não foi incrível. Acho que o equilíbrio não foi tão bom quanto na sexta-feira [no treino livre], e precisamos entender o porquê. Já perdemos muitos pontos em uma única corrida, isso não é bom."
O carro de Pierre Gasly (Alpha Tauri) pegou fogo a dez voltas do fim da prova. Safety Car na pista. Pouco antes do acidente, Verstappen havia colocado pneus macios, com o intuito de ultrapassar Leclerc e chegar à primeira posição. Na relargada, Carlos Sainz quase ultrapassou o holandês, que conseguiu segurar a segunda posição até as últimas voltas.
Leclerc venceu o GP de Barhein na primeira corrida da temporada da Fórmula 1 que marca uma nova fase da Ferrari. As mudanças no regulamento permitiram a inclusão do novo projeto de motor da construtora italiana, que chega forte em 2022. Foi a primeira vitória da escuderia italiana desde o GP de Singapura, em 2019, conquistada por Sebastian Vettel, com Leclerc em segundo.