O peso pesado Rodrigo 'Minotauro' Nogueira, que se recupera de uma cirurgia no ligamento do cotovelo esquerdo após uma chave de braço em sua derrota diante de Fabrício Werdum, no dia 8 de junho, esteve em Londrina nesta quarta-feira (4) ministrando aulas na academia Team Nogueira.
Em entrevista ao Bonde, o lutador baiano defendeu a postura Rousimar 'Toquinho' Palhares, demitido do UFC por atitude antidesportiva em combate contra o americano Mike Pierce, derrotado aos 31 segundos de luta com uma chave de calcanhar. Na oportunidade, o atleta da Team Nogueira foi acusado de demorar parar soltar a finalização.
"Toquinho tem um jeito estabanado, no entanto, é um lutador sério e consciente. Já foi prejudicado outras vezes por conta dessa sua inocência em soltar o adversário e não finalizar. Quando você encaixa uma finalização de calcanhar, fica de costas para o adversário e não enxerga o oponente. Quando Pierce desistiu e o árbitro interveio, Toquinho demorou 0,8 segundos para soltá-lo", argumentou Minotauro.
Após a demissão, Toquinho assinou contrato com o World Series of Fighting (WSOF). "Estamos trabalhando e vou procurar ir ao córner dele em seus combates para auxiliá-lo durante a luta. Houve muita crítica, entretanto, ele é um cara excecional com um força e explosão incrível e faz questão de não machucar ninguém pois é religioso e também um cara de família", enfatizou.
SILVA x WEIDMAN
Questionado sobre a aguardada revanche de Anderson Silva contra Chris Weidman, no dia 28 deste mês, em Las Vegas, um dos mentores de 'Spider' mostrou confiança na vitória do brasileiro.
Minotauro salientou que no combate encerrado com nocaute do brasileiro, a mídia brasileira não noticiou as provocações sofridas por Anderson Silva.
"Os EUA estavam na semana do Dia da Independência e o Weidman provocou demais o Anderson, alegando que iria finalizá-lo e vencer. Por isso, no primeiro round o Anderson venceu de forma arrasadora, no entanto, no segundo, foi surpreendido com um golpe que encerrou o combate. Depois disso, ele foi muito criticado pelo povo brasileiro que adotou o MMA igual futebol, ou seja, na vitória comemora-se muito e, na derrota, critica a equipe", comentou.
"O Anderson mudou a forma das pessoas acompanharem o MMA. Por causa dele quando há lutas do UFC os bares e restaurantes ficam lotados. Se o povo brasileiro apoiasse mais seus atletas, teríamos com certeza muito mais incetivo do governo. Falta apoio público e, de certa forma, da imprensa que também noticia os fatos sem o conhecimento necessário", salientou Minotauro.
TUF BRASIL
O ex-detentor do cinturão do extinto Pride e do interino do Ultimate falou também sobre a pouca audiência no reality show 'The Ultimate Fighter Brasil – Em Busca de Campeões'. "O horário de transmissão atrapalhou demais a audiência. A primeira temporada passou logo após o Fantástico e, no segundo, houve uma mudança de horário. Em alguns cidades, o programa passou depois da 1h da madrugada. Nesse horário, muitos já estavam dormindo para trabalhar ou estudar no dia seguinte. O ideal seria continuar no horário antigo, já que na próxima edição teremos Wanderlei Silva e Chael Sonnen".
A edição do programa também foi alvo das críticas do lutador. "Houve durante o programa 106 dias de treinamento e quatro dias de brincadeiras. Na edição, as brincadeiras foram mais divulgadas. A única brincadeira que não gostei e fiquei chateado foi a guerra de frutas. O Brasil é um país de terceiro mundo e não podemos desperdiçar comida de forma alguma. Enfim, acredito que poderia ser mais focado nos treinamentos e também na história de cada integrante", complementou.
PRÓXIMA LUTA
Rodrigo Minotauro revelou que o UFC pretende colocá-lo em ação no dia 16 de abril. Conforme o lutador, não há adversário e nem local definido, porém, há o interesse de encarar Roy Nelson. "Estou sem treinar e começo minha preparação em janeiro. O UFC ainda não me confirmou o adversário, porém, luto com qualquer um que a entidade me der. Não posso escolher oponentes e, sim, encarar qualquer um", finalizou.