O diretor esportivo da Mercedes, Toto Wolff, defendeu nesta terça-feira a decisão da fábrica de não fornecer motores para a Red Bull na próxima temporada da Fórmula 1. Para ele, não há razão para que isso aconteça diante de todo o esforço realizado nos últimos anos para que a equipe se tornasse competitiva, ainda que a fabricante alemã siga sendo parceira de outros times da Fórmula 1, casos de Force India, Lotus e Williams.
"Decidimos com nosso conselho que nós, como um fornecedor de motores e como uma equipe, temos trabalhado duro e por muito tempo para alcançar o sucesso que temos hoje, depois de tomar a decisão de entrar no esporte novamente como uma equipe em 2010. Portanto, decidimos há duas semanas negar um fornecimento de motores para a Red Bull. Queremos continuar com o nosso modelo de apoio às equipes independentes e respeitar os relacionamentos que já temos com nossos clientes juntamente ao nosso foco principal, a equipe Mercedes", disse o dirigente em entrevista ao site oficial da Fórmula 1.
A Mercedes domina o campeonato desde o ano passado, quando quebrou a hegemonia da Red Bull, que havia vencido os quatro Mundiais de Construtores, entre 2010 e 2013. Todos esses títulos foram assegurados com motores fornecidos pela Renault, com quem a Red Bull optou por encerrar a parceria ao término da temporada 2015, diante de um cenário de desentendimentos e falta de competitividade.
O motor da Mercedes é apontado como o melhor da Fórmula 1 nesse momento, o que despertou o interesse da Red Bull. Questionado se a rejeição a um acordo se deu por sua opinião contrária, Wolff evitou revelar o peso da sua avaliação. "Eu nunca escondo minha opinião. Mas nós tomamos decisões coletivamente e objetivamente, avaliando todos os prós e contras, e não como indivíduos", disse.
"É a opinião de alguém que é responsável pelo programa de automobilismo da Mercedes, responsável por 1.200 funcionários e que também tem a responsabilidade de representar a marca Mercedes-Benz no rumo certo na Fórmula 1", concluiu Toto Wolff.