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Marcelinho Huertas comenta parceira com Kobe: 'Foi um privilégio'

13 abr 2016 às 13:01

O armador Marcelinho Huertas demorou alguns anos para realizar o sonho de atuar na NBA e, quando conseguiu, ganhou uma bela história para contar. Contratado pelo Los Angeles Lakers para esta temporada, o brasileiro foi testemunha ocular da última temporada de Kobe Bryant.

Após 20 temporadas na principal liga de basquete do mundo, todas com o Lakers, Kobe se despedirá do esporte nesta quarta-feira, diante do Utah Jazz. Será o adeus de um dos grandes nomes da história do basquete, vencedor de cinco títulos da NBA e terceiro maior cestinha da liga em todos os tempos. Por isso, Huertas sabe que participará de um momento inesquecível.


Como foi participar como testemunha ocular do "Farewell Tour" do Kobe?


Está sendo um privilégio acompanhar de dentro as despedidas e as homenagens calorosas que ele recebeu por onde passou, inclusive onde o Lakers não é bem-vindo e o Kobe sempre foi odiado, ver as pessoas se rendendo por tudo que ele fez pelo basquete e pela franquia do Lakers. Pela admiração, mesmo que muitas vezes com esse ódio de não poder contar com ele no seu time, pelo profissionalismo, pela carreira mais que brilhante e vencedora que construiu.


Como imagina que será este último jogo?


Não sei como será, só imagino que será uma festa, talvez até difícil de se preparar, tendo em conta que o mais importante será a última homenagem jogando no ginásio em que conquistou títulos e fez história diante do público que tanto o apoiou e o idolatra. Esse jogo será uma caixinha de surpresas provavelmente para todos nós.


O que conseguiu aprender neste período que conviveu com ele?


Esse ano o Kobe, em muitos momentos, esteve meio "afastado", não podia ter carga de treinos e o contato que tivemos em geral foram em dias de jogos e um pouco no vestiário. É um cara que quando fala todo mundo abaixa a orelha e escuta, um estudioso do jogo que sempre pode dar um conselho para qualquer jogador e que sempre pode acabar te servindo, um líder dentro e fora da quadra, um exemplo.


Você conversavam no dia a dia? Do que falavam? Como é esse Kobe que poucos conhecem?


Como disse anteriormente, não tivemos tanta proximidade devido a sua condição física, esse ano ele não pôde participar de muitos treinos por causa das fortes dores, mas sempre que tinha a oportunidade conversava com ele sobre qualquer coisa. Na maioria das vezes sem ser de basquete, muitas vezes de futebol, falando em espanhol ou italiano, que ele gosta, e muitas vezes puxava um papo sem ser em inglês.


Qual o legado que o Kobe deixa para o basquete?

Seu legado é invejável, é um mito do basquete, deixará um vazio grande na quadra e no coração dos torcedores, mas que sempre terão seu nome na ponta da língua e jamais será esquecido por tudo que fez pelo basquete e principalmente pelos Lakers.


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