O ex-diretor de operações do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 e ex-diretor do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Leonardo Gryner, foi liberado neste sábado (14) da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Gryner foi preso na quinta-feira (5), junto com o ex-presidente do COB e ex-presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, quando foi deflagrada a Operação Unfair Play - Segundo Tempo, um desdobramento da Unfair Play, que revelou a compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica de 2016. Nuzman e Gryner teriam participado de esquema para pagamento de propina a membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Gryner deixou a prisão por volta das 8h. A prisão temporária do ex-diretor foi revogada ontem pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Na segunda-feira passada (9), o juiz tinha prorrogado a prisão temporária de Gryner por entender que ele poderia influenciar as investigações impedindo a divulgação ou a entrega de materiais do COB. Mas na decisão de ontem, Bretas destacou que não havia motivos para renovar mais uma vez a temporária com o prazo de cinco dias, porque, entre outros materiais, os investigadores tiveram acesso à caixa de e-mails da secretária de Nuzman, Maria Celeste de Lourdes Campos Pedroso. "Considerando que não mais subsistem os motivos que ensejaram a prorrogação da prisão temporária do investigado, revogo a prisão temporária de Leonardo Gryner", apontou o juiz.
Com relação a Nuzman, está mantida a prisão convertida em preventiva e o ex-presidente só sairá da Cadeia Pública de Benfica se for aceito o pedido de habeas corpus impetrado pela sua defesa.