Líder do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, Leandro Totti garante que o trabalho dos engenheiros, da equipe e dos pilotos é o grande segredo da RM Competições que tem levado ele e seu companheiro, Felipe Giaffone, que também corre com o caminhão Volkswagen Constellation, a dominarem as três corridas da temporada. Felipe venceu na abertura, em Caruaru (PE) e a última em Londrina (PR), enquanto Totti ganhou em Campo Grande (MS). Para provar a força da escuderia, André Marques chegou duas vezes no pódio.
"Essa disputa interna, principalmente entre eu e o Felipe, acaba puxando a equipe para cima. Nós dois buscamos tirar o máximo dos caminhões e isso ajuda muito. Tem muita gente que fala que a nossa vantagem é devido ao investimento, mas se esquece que ali na briga estão dois pilotos arrojados que ajudam muito. O Felipe é um bom acertador e eu entendo pra caramba de mecânica. E tem também o André (MAN TGX), a Débora e o Jardim, que são pilotos rápidos e auxiliam demais", disse Totti.
Bicampeão da mais popular categoria do automobilismo da América do Sul (2012 e 2014), Leandro mostrou sua força na terceira etapa, disputada em Londrina. Seu caminhão apresentou problemas de excesso de fumaça no treino classificatório, o que o levou a largar na 18ª posição. Mesmo assim, ele ainda terminou em segundo lugar, numa excepcional corrida de recuperação.
"O trabalho da equipe nunca para. No início do ano, assim que vimos o regulamento, começamos a trabalhar para tentar melhorar o caminhão que perderia potência com o uso do restritor. A gente perde de um lado, mas ganha do outro, numa demonstração do profissionalismo e do trabalho da equipe. Mesmo usando o redutor, esse comprometimento tem ajudado a fazer a diferença", declarou.
Para Leandro, o ideal, seria se os cinco pilotos da RM Competições pudessem chegar brigando diretamente pelo título na última corrida da temporada. No ano passado ele e Giaffone lutaram até o fim e ele se sagrou campeão pela segunda vez. Sua primeira conquista tinha sido em 2012.
"Pensando no time como um todo gostaria que o André, a Débora e o Jardim também pudessem chegar brigando pelo primeiro lugar. Fora deles temos o Djalma Fogaça (Ford), que não foi tão bem na última prova, mas vem aí surpreendendo. Tem o Wellington Cirino (ABF-Mercedes-Benz), que sempre está pontuando, o Paulo Salustiano (ABF-Mercedes-Benz), a quem tem faltado um pouco de sorte, mas pode brigar pelo título, além do Beto Monteiro (Iveco), que busca equilibrar o caminhão, e o Roberval (Scania), que tem quebrado muito", finalizou.