O ex-piloto de Fórmula 1 Robert Kubica está prestes a fazer o seu retorno a uma pista de corridas com uma equipe grande, quase dois anos depois de ter sofrido o grave acidente que quase o matou, em uma prova de rali, na Itália, no dia 6 de fevereiro de 2011. O polonês realizará nesta quinta-feira, no circuito Ricardo Tormo, em Valência, na Espanha, um teste pela Mercedes em um dos carros que a montadora alemã usa no Campeonato Alemão de Turismo (DTM).
A confirmação do teste pela Mercedes voltou a provocar especulações sobre o possível retorno de Kubica ao automobilismo e em um futuro próximo à F1, mas o próprio piloto admitiu nesta quarta-feira que ainda é prematuro prever o seu futuro nas pistas e minimizou, em um primeiro momento, a chance de disputar uma temporada inteira em seja qual for a categoria que lhe abrir as portas.
"Estou ansioso para começar a me aclimatar a um carro de corrida de novo em um verdadeiro teste de condições reais em um circuito, mas ainda é muito cedo para fazer qualquer declaração sobre o meu futuro por causa deste único teste. Estou apenas ansioso para amanhã (quinta-feira) e veremos o que vai acontecer depois disso", afirmou Kubica.
O piloto teve a sua mão direita parcialmente cortada e fraturou cotovelo, ombro e perna em um acidente na prova de rali que disputou em Andorra há quase dois anos. Por causa das sérias lesões, o polonês de 28 anos foi submetido a uma série de operações e desde então realizou um longo processo de recuperação.
Kubica disputou 76 corridas como piloto da Fórmula 1, pelas equipes BMW e Renault, tendo obtido uma única vitória em 2008, no GP do Canadá. O seu possível retorno à categoria, porém, continua sendo uma incógnita, como deixou claro o novo diretor da Mercedes, Toto Wolff, ao comentar o teste ao qual o polonês será submetido nesta quinta-feira. "Queremos dar a ele uma chance de fazer um bom teste em um carro de corrida de verdade, ver como ele vai se sair e como vai se sentir. Ele não está 100% apto. É a primeira vez que ele está em um carro com downforce", lembrou.