O judoca brasileiro Rafael Macedo perdeu, nesta quarta-feira (31), a disputa pela medalha de bronze na categoria peso médio (até 90 kg) para o número 38 do mundo, o francês Maxime-Gaël Ngayap Hambou, na Arena Campo de Marte, em Paris. O paulista recebeu a terceira punição a cinco segundos do final da luta.
A decisão foi polêmica. O brasileiro havia acabado de tentar um golpe e buscava imobilizar o adversário, quando o árbitro interrompeu o combate e determinou a vitória do francês. A equipe do Brasil ficou sem entender qual havia sido a marcação.
Até por volta das 13h20, tampouco o site oficial das Olimpíadas explicava qual fora a irregularidade flagrada: "Shido - Indeterminado"
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"É uma vergonha. Alguém entendeu? Eu não entendi", diz o técnico da seleção brasileira Kiko Pereira, à TV Globo. Pouco depois, a emissora mostrou que o Macedo colocou os dedos por dentro da manga do rival, o que, em tese, pode ter sido a marcação.
Também para a Globo, o judoca brasileiro evitou criticar a arbitragem. Essa foi a segunda participação olímpica dele. Em Tóquio-2020, o atual número 11 do ranking caiu ainda na primeira fase, terminando a competição em 33º colocado.
Natural de São José dos Campos, o atleta de 29 anos começou a lutar em 1999 e pensou pela primeira vez nas Olimpíadas ao se mudar para São Paulo, em 2010. Estreou em competições internacionais cinco anos depois, no Aberto Pan-Americano de Montevidéu, em que terminou em 9º lugar.
Macedo acumula em sua carreira um bronze no Judo World Masters de 2022, em Jerusalém, uma prata no Grand Prix de Zagreb, no mesmo ano, e uma prata no Pan de Santiago, em 2023, entre outras medalhas em etapas da tour mundial do judô.
Em Paris-2024, venceu a repescagem contra o sulcoreano Han Ju-Yeop para avançar à disputa pelo bronze.
O paulista é casado com Manoella Macedo, que é ex-judoca, e irmão de João Pedro, que também luta judô em alto nível e atua como conselheiro do caçula.
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