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Pandemia

Histórico de atleta não impediu campeão olímpico de sofrer com coronavírus

Folhapress
25 mar 2020 às 08:25

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- Reprodução / Instagram
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Em mais um pronunciamento no qual condenou o que chamou de "pânico e histeria" em torno da crise do novo coronavírus, Jair Bolsonaro, 65, disse que a Covid-19 não é uma ameaça à sua própria saúde. De acordo com o presidente, seu "histórico de atleta" evitaria maiores problemas.

"No meu caso particular, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido por uma gripezinha ou um resfriadinho", afirmou o chefe de Estado, que teve contato com várias pessoas infectadas.

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Como mostra a expansão da doença pelo mundo, no entanto, o corpo de esportista não é necessariamente sinônimo de imunidade. Mesmo pessoas mais jovens, com um histórico de atleta profissional, podem sofrer com os sintomas.

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O nadador Cameron van der Burgh, por exemplo, relatou dias difíceis após a infecção pelo coronavírus. O sul-africano de 31 anos, com uma capacidade pulmonar que lhe rendeu medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2012, disse estar com problemas para executar tarefas simples.

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"É, de longe, o pior vírus que já encarei, apesar de ser um indivíduo saudável com pulmões fortes (não fumar/praticar esporte), viver um estilo de vida saudável e ser jovem", escreveu o nadador, em publicação nas redes sociais, na última segunda-feira (22).


"Ainda que os sintomas mais severos (febre alta) tenham diminuído, sinto ainda um forte cansaço e uma tosse residual da qual não consigo me livrar. Qualquer atividade física, como andar, acaba me deixando exausto por horas", acrescentou Van der Burgh, que concluiu: "A Covid-19 não é piada".


O sul-africano não é um caso isolado. O francês Earvin Ngapeth, 29, astro do vôlei, também teve diagnóstico de infecção pelo vírus. O campeão mundial afirmou ter passado "três dias complicados" e precisou ser internado.

Na Itália, é um homem de 38 anos o apontado como a primeira fonte da doença no país. Identificado como Mattia, ele corria maratonas e foi três vezes ao hospital, sentindo-se mal, até receber o diagnóstico que agora assombra os italianos.


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