A fundista Simone Alves da Silva teria sido pega no exame antidoping durante o último Troféu Brasil de Atletismo, em agosto. Nem a atleta tampouco a CBAt confirmam oficialmente o uso de eritropoietina (EPO) na competição, mas a entidade já foi informada do caso de doping e estaria apenas esperando a confirmação num segundo teste para cortar Simone dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, que começam na sexta-feira.
Simone foi campeã dos 5 mil e dos 10 mil metros do Troféu Brasil - quando bateu o recorde sul-americano, que já durava 18 anos -, e conquistou índice para o Mundial de Atletismo, em Daegu, na Coreia do Sul. Contudo, após anúncio de exames antidoping em todos os atletas da competição, dois dias antes do embarque da delegação brasileira, a fundista desistiu de competir alegando lesão.
"A CBAt ainda não foi informada de nada", garante o superintendente da entidade, Martinho Nobre dos Santos. "Mas existem os boatos (do doping) desde que ela desistiu do Mundial."
Caso o doping seja confirmado, a atleta corre o risco de pegar uma séria punição e até ser banida do esporte. Em 2009, Simone sofreu uma suspensão de 90 dias por ter consumido oxilofrina, outra substância proibida pela Agência Internacional Antidoping (Wada, da sigla em inglês).
A confirmação do doping também deve levar à suspensão de seu recorde dos 10 mil metros e prejudicar muito a carreira da atleta, de 27 anos, que contou durante a realização do Troféu Brasil que trabalhava como manicure para se manter. A BM&F/Bovespa, patrocinadora da atleta, e o técnico Adauto Domingues também ainda não se manifestaram oficialmente sobre um possível de Simone Alves da Silva.