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Equipe de refugiados do Rio-2016 ganha prêmio de inspiração do Laureus

13 fev 2017 às 17:09

A equipe de refugiados que disputou os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto do ano passado, ganhou nesta segunda-feira o prêmio de inspiração esportiva do Laureus, considerado o Oscar do esporte. Os vencedores das principais categorias serão conhecidos em cerimônia a ser realizada nesta terça, em Mônaco.

O inédito time de refugiados contou com 10 atletas de diferentes países e modalidades (atletismo, natação e judô) na Olimpíada. Esportistas da Síria, Congo, Etiópia e Sudão do Sul, eles entraram no Maracanã, na cerimônia de abertura, carregando a bandeira olímpica, sem distinguir seus países. E foram um dos principais destaques de toda a competição.


"Cada um dos dez atletas da nossa equipe triunfou diante de adversidades e duras e inimagináveis jornadas até chegar à linha de partida [das competições no Rio]", afirmou Tegla Loroupe, ex-corredora queniana, que chefiou o time de refugiados no Rio de Janeiro. "Este é um prêmio para 65,4 milhões de pessoas que não podem estar em seus países por causa de conflitos."


Loroupe recebeu o prêmio na companhia de Rami Anis, sírio que competiu na natação na Olimpíada. Ele é um dos milhões que já fizeram a viagem de barco entre Turquia e Grécia, para entrar na Europa. Partindo de Aleppo, na Síria, ele chegou até a Bélgica, onde se estabeleceu.

"O esporte dá uma chance a todos, e o que aconteceu na Olimpíada do Rio mostrou que há esperança às pessoas do mundo que sofrem com problemas e medo em suas vidas", declarou o atleta. O Comitê Olímpico Internacional (COI), responsável por criar o time de refugiados, ainda não confirmou a manutenção da equipe para o futuro Jogos de Tóquio, em 2020.


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