A confusão provocada pelo nadador Ryan Lochte no Brasil, durante os Jogos do Rio, começa a afetar os contratos comerciais do atleta norte-americano. A multinacional Speedo anunciou nesta segunda-feira que encerrou o contrato de patrocínio de mais de uma década a Lochte.
Com a decisão, a empresa doará US$ 50 mil (cerca de R$ 160 mil) de parte da verba que seria destinada ao atleta para uma organização não-governamental que atende crianças no Brasil. "A Speedo USA anuncia hoje a decisão de encerrar o contrato de patrocínio de Ryan Lochte", informa a empresa em comunicado enviado à imprensa.
"Não podemos tolerar comportamento que é contrário aos valores que esta marca representa há tanto tempo", explica a nota que reconhece que a companhia manteve, até o episódio, uma "relação vencedora com Ryan por mais de uma década".
A companhia informa ainda que, com a decisão de encerrar o patrocínio, doará US$ 50 mil do orçamento que seria dedicado ao nadador para projetos que atendam crianças no Brasil da ONG Save The Children. Na nota, a empresa fornecedora de material esportivo agradece as realizações do atleta e deseja progressos ao nadador.
Lochte é um dos mais bem-sucedidos nadadores da história dos Estados Unidos, tendo conquistado 12 medalhas olímpicas. Durante o Rio-2016, ele outros três atletas norte-americanos declararam que foram alvos de um assalto, com o uso de armas, em uma falsa blitz.
A polícia, porém, desconstruiu a versão ao descobrir que tudo não passou de uma confusão causada pelos atletas em um posto de gasolina na Barra da Tijuca. Eles teriam cometido atos de vandalismo no banheiro do posto, causando prejuízos ao dono do local.