O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), voltou a minimizar, nesta segunda-feira, as críticas do Comitê Olímpico Internacional (COI) à preparação da cidade e do País para os Jogos de 2016, em documento relevado no sábado pelo jornal O Estado de S. Paulo. A Comissão de Coordenação do COI para a Olimpíada está reunida desde no último domingo no Rio com representantes dos governos federal, estadual e municipal.
"Não houve críticas (nesta segunda-feira) a atrasos. O que houve foi o vazamento de um documento interno de acompanhamento que usamos juntos, de monitoramento. Uso todos os dias na prefeitura", disse Paes em relação ao documento revelado pela reportagem. Ele confirmou a existência de muitos pontos "em vermelho", como os atrasos. "Esse negócio de Copa é ''brincadeirinha''. Difícil é fazer Olimpíada. Mais difícil ainda foi receber o papa Francisco", afirmou o prefeito.
Ele voltou a defender a extinção da Autoridade Pública Olímpica (APO), consórcio formado entre os três governos. O cargo de presidente da entidade está vago há duas semanas, desde que o ex-ministro de Cidades, Márcio Fortes, pediu demissão. "A APO não faz falta nenhuma. Não vejo a menor necessidade, não ajuda e nem atrapalha", disse Paes, que já havia classificado a APO como "desnecessária e cara".
O governo federal, quem paga a maior parte da conta, adotou a cautela. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que vai conversar sobre o assunto com o prefeito. Sobre a vacância do cargo de presidente, Rebelo afirmou que "a questão será resolvida logo". "Quando formamos a APO, tanto governo federal quanto a prefeitura estavam convictos da sua necessidade e utilidade. Não conversei ainda com o prefeito para saber suas razões mais profundas", disse.