Foi mais fácil que o esperado. Novak Djokovic não teve a menor dificuldade na decisão do Aberto da Austrália e "passeou" diante do britânico Andy Murray. Terceiro colocado do ranking da ATP, o sérvio sagrou-se bicampeão do primeiro Grand Slam do ano ao vencer a final deste domingo por 3 sets a 0, com tranquilos 6/4, 6/2 e 6/3.
Dessa forma, Djokovic repetiu a conquista de 2008, quando bateu o francês Jo-Wilfried Tsonga na decisão em Melbourne, e quebrou uma série de três derrotas seguidas para Murray, quinto do mundo. Este, por sua vez, perdeu sua terceira decisão de Grand Slam e ampliou um tabu de 74 anos sem um título britânico num dos quatro principais torneios da temporada.
Djokovic fez uma campanha quase perfeita na Austrália, com apenas um set perdido, na segunda rodada, para o croata Ivan Dodig. Na semifinal, obteve um triunfo contundente por 3 a 0 sobre o suíço Roger Federer, segundo do mundo e um antigo carrasco do sérvio.
Esse foi o 19º título da carreira de Djokovic, 15 deles sobre o piso sintético. Com os US$ 2,2 milhões de prêmio, seu total na carreira sobe para US$ 22,5 milhões, o que já é a sexta melhor marca da Era Profissional.
O primeiro set da decisão deste domingo começou equilibrado, apesar de Murray ter mais dificuldade para confirmar seu serviço. O jogo continuou parelho até o décimo game, quando Djokovic obteve a primeira quebra do confronto para fechar em 6/4.
A segunda parcial foi um atropelo. O sérvio destruiu o saque de Murray duas vezes seguidas e chegou a abrir 5 a 0 sem o menor trabalho. O britânico reagiu e conseguiu sua primeira quebra, mas não teve forças para continuar lutando. No fim, deu Djokovic, com 6/2.
Murray só conseguiu entrar no jogo no terceiro set, quando os dois tenistas alternaram quebras seguidas. Mas Djokovic, claramente mais à vontade e mais concentrado, abriu dois games de vantagem em 5 a 3 e apenas confirmou o serviço para conquistar o título diante de um rival nervoso, que chegou a se xingar e jogar a raquete no chão por várias vezes.