As obras da Copa do Mundo, Olimpíada e pré-sal vão exigir enorme esforço do Brasil em investimentos. Estima-se que apenas os dois principais eventos esportivos do mundo vão demandar quase R$ 130 bilhões em infraestrutura, reforma e modernização de estádios e urbanização - valor bem acima dos R$ 116 bilhões investidos em toda economia, entre 2003 e 2009, pelo governo Lula, conforme estudo do economista José Roberto Afonso.
Além dos dois eventos, outros projetos ambiciosos vão requerer investimentos bilionários nos próximos anos, como a exploração do pré-sal, o financiamento à indústria nacional para atender à Petrobras, estimado em US$ 400 bilhões, e o Trem de Alta Velocidade, de R$ 34 bilhões. Isso sem contar o Programa de Aceleração do Crescimento e o Minha Casa, Minha Vida.
Entre os especialistas, a dúvida é de onde virá tanto dinheiro. ''Diante do histórico de baixo investimento, o governo precisa mostrar de forma clara o que fará para ser mais eficiente. Caso contrário, correrá o risco de não fazer os projetos necessários aos eventos esportivos'', diz Afonso.
Apesar do forte apetite da iniciativa privada pelo Brasil, a grande maioria dos projetos da Copa e da Olimpíada terá de ser bancada com recurso público. No caso dos estádios, o governo federal já disse - pelo menos por enquanto - que não vai injetar nenhum centavo, mas abriu uma linha de crédito de quase R$ 5 bilhões no BNDES para as obras.