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Com vitória de Bellucci, Brasil supera Equador por 3 a 1 na Copa Davis

17 jul 2016 às 17:51

O sufoco passado pelo Brasil contra o Equador na Copa Davis chegou ao fim pelas mãos de Thomaz Bellucci após 3 horas e 22 minutos de partida. O tenista brasileiro venceu o equatoriano Emilio Gomez por 3 sets a 1 com parciais de 7/6 (13/11), 6/7 (6/8), 6/2 e 7/5, neste domingo, em Belo Horizonte. Assim, o País fechou a série por 3 a 1 e terá a chance de disputar os playoffs do Grupo Mundial, em setembro.

A torcida na Arena do Minas demorou para interagir com Bellucci, a ponto de o capitão João Zwetsch erguer o braço chamando o público no tie-break do primeiro set. A última vez que a capital mineira recebeu a Copa Davis foi em 2006. Mas à medida que a situação se complicava, os espectadores iam se soltando. Teve até Bellucci dando soco no ar na comemoração depois de um suado início de jogo. O número 49 do mundo deslanchou na terceira etapa e confirmou o favoritismo diante do 317º colocado do ranking da ATP.


Com o resultado na série pelo Zonal Americano I em Belo Horizonte, o Brasil somou a sexta vitória contra o Equador em nove encontros na história da Copa Davis. Bellucci também salvou o primeiro dia de confrontos ao vencer Roberto Quiroz e empatar a série depois da derrota de Rogério Dutra Silva para Gomez na estreia. A virada do Brasil veio no sábado com o triunfo da dupla Marcelo Melo/Bruno Soares sobre os mesmos rivais equatorianos.


O adversário da repescagem será definido em sorteio, na próxima terça-feira. Os cabeças de chave serão determinados pelo ranking nesta segunda, mas provavelmente os postos ficarão com Suíça, Bélgica, Austrália, Canadá, Espanha, Casaquistão, Japão e Alemanha. Completam os playoffs Eslováquia, Rússia, Índia, Usbequistão, Polônia, Ucrânia, Brasil e o vencedor de Colômbia e Chile.


Representando a equipe brasileira na Copa Davis desde 2007, Bellucci tem um retrospecto favorável: 20 vitórias e 13 derrotas. A maior parte dos tropeços ocorreram em quadras duras e cobertas, exatamente o cenário escolhido para o confronto com o Equador, que serviu como simulado para os Jogos Olímpicos. Dessa vez, isso não o impediu de garantir duas vitórias na competição.


O JOGO - Gomez foi o primeiro a sacar e viu Bellucci ameaçá-lo logo no primeiro game, mas conseguiu segurar a pressão. O brasileiro mostrou consistência no saque no início do jogo e também conseguiu incomodar o adversário nas primeiras bolas. Sólido, encontrava facilidade em seus serviços e equilibrava na vez do equatoriano. No entanto, não conseguiu ficar em vantagem no placar no primeiro set. A decisão veio no tie-break, e a situação se complicou para o dono da casa. Perdia por 3/6 e buscou o empate. Os pontos seguintes foram suados. E o desfecho foi positivo para o Brasil: Bellucci fechou por 7/6 (13/11).


O panorama continuou o mesmo no início do segundo set até o quinto game, quando o tenista do Equador quebrou o saque de Bellucci. Na sequência, Gomez confirmou o serviço e fez 4/2. Duas marcações do juiz a favor do rival no oitavo game tiraram o brasileiro um pouco do rumo. Aos poucos se recompôs e devolveu a quebra, deixando tudo igual em 4/4. O tenista da casa desperdiçou uma chance incrível de fechar o segundo set no décimo game e foi preciso um novo tie-break. Bellucci chegou a abrir vantagem, mas deixou rival empatar e pressionar. E Gomez soube aproveitar, garantindo o segundo set por 7/6 (8/6).


Na terceira parcial, Bellucci largou na frente e abriu 2/0 sem muito esforço. Ele engrenou na sequência, quebrando novamente o saque do equatoriano e ampliando a vantagem para 4/0. A partir daí só foi preciso administrar a vantagem para fechar o set. Uma falha na rede não atrapalhou sua concentração e ele venceu com tranquilidade por 6/2.


O bom momento do brasileiro se manteve na quarta etapa e teve até uma pitada de sorte no quarto game. No entanto, o jogo continuou igualado em Belo Horizonte. Bellucci mostrou empenho, correndo atrás de todas as bolas. No sétimo game até esboçou a quebra, mas foi contido pelo rival. E veio a reação de Gomez em seguida, dando mais emoção ao jogo.

O tenista da casa soube controlar os nervos e se manter vivo. Com o jogo empatado 4/4, Bellucci teve diversas chances e não conseguiu converter o break point no momento decisivo. A quebra veio no 11.º game e só bastou confirmar o serviço na sequência para o brasileiro fechar o jogo em 7/5 e colocar fim ao drama.


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