Há 32 anos sem disputar uma Olimpíada, o polo aquático brasileiro conquistou, nesta terça-feira, um resultado histórico. Na estreia do croata Josip Vrlic e do cubano Ives Alonso com a touca verde-amarela, atropelou a Croácia, atual campeã olímpica, por 17 a 10. O jogo, em Bérgamo (Itália), foi válido pela primeira rodada da fase final da Liga Mundial.
A equipe do Brasil, comandada pelo também croata Ratko Rudic, contou com cinco jogadores naturalizados: Vrlic, Ives, o italiano Paulo Salemi, o espanhol Felipe Perrone (eleito o melhor atleta da Liga dos Campeões da Europa recém-encerrada) e o espanhol Adriá Delgado. Os últimos são brasileiros de sangue, mas jogavam com outra nacionalidade.
Adriá, filho de um brasileiro e que atua por clubes do País há três anos, foi o artilheiro do jogo, com cinco gols. Perrone fez três, assim como Vrlic. O croata não tem nenhum laço com o País e recebeu a naturalização, no mês passado, para poder jogar a Olimpíada. O cubano Ives, que marcou um gol no jogo, mora no Brasil há mais de quatro anos e conseguiu a naturalização pelo processo usual.
Na Liga Mundial, e também no Pan, a seleção não vai contar com o goleiro sérvio Slobodan Soro, naturalizado junto com Vrlic, mas que não teve sua naturalização esportiva autorizada pela Federação Internacional de Natação (Fina). Substituto dele, Vinicius Antonelli, o "Bin Laden", saiu-se muito bem, parando os campeões olímpicos. A Croácia chutou 21 bolas e só fez 10 gols.
A seleção brasileira está no Grupo A da Liga Mundial, joga na quarta-feira contra a China e, na quinta, diante de Hungria. Todas as equipes passam às quartas de final. Desta forma, os resultados da primeira fase valem apenas para definir a ordem dos confrontos na quartas. A outra chave tem Austrália, Sérvia, Itália e Estados Unidos. No ano passado, o Brasil, ainda sem Perrone, Ives e Vrlic, foi sétimo colocado. Agora, pode brigar por medalhas.