A última medalha do Time Brasil no Pan de Santiago 2023 foi com Gustavo "Bala Loka" no BMX Freestyle, modalidade que estreou no programa olímpico em Tóquio 2020. No domingo (5), o paulista de 21 anos garantiu o bronze e colocou o país no pódio da prova pela primeira vez em Jogos Pan-americanos.
Na final, os atletas tiveram que dar duas voltas, e apenas o melhor resultado foi validado. Bala Loka acumulou 83.67 pontos e ficou atrás somente do argentino Jose Augusto Torres, que levou o ouro, com 86.00, e do chileno José Manuel Cedano, prata, com 85.67.
"Estou muito feliz de ter conquistado a medalha de bronze nesses Jogos Pan-americanos. Isso aqui representa demais, não só pra mim, mas para o esporte do Brasil como um todo", afirmou.
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Mais cedo, ele havia se classificado em sexto nas eliminatórias, que também tiveram duas voltas, com a pontuação final definida pela média entre as duas notas. Os oito melhores avançaram.
O garoto é um dos talentos do BMX Freestyle brasileiro e vem buscando se consolidar no cenário internacional. Em 2023, ficou em décimo lugar no mundial da modalidade, em agosto, em Glasgow, e está na briga para se classificar para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Ele começou a pedalar com bicicletas montadas com peças encontradas no ferro velho e se tornou referência do BMX. Em 2023, chegou ao top 12 do ranking mundial e foi o primeiro top 10 do Brasil em uma etapa da Copa do Mundo.
O apelido “Bala Loka” veio dos amigos. No início da trajetória, ele chegou a pedalar a toda velocidade para tentar saltar uma rampa, perdeu o controle, errou o cálculo e passou reto. Acordou depois, assustado, caído no chão, com o pai jogando água em seu rosto. Parecia uma "bala", um "louco", de acordo com os colegas. E o nome pegou.
No feminino, Eduarda Bordignon ficou fora da final. Ela caiu em suas duas voltas nas eliminatórias e, com 23.50, terminou em oitavo lugar no geral. Só as quatro primeiras se classificaram para a final.