Presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio, Carlos Arthur Nuzman foi convidado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para fazer parte do Comitê de Coordenação dos Jogos de 2020, em Tóquio. Apesar de o custo total dos Jogos de 2016 ainda não ser conhecido, o movimento olímpico optou por oferecer ao brasileiro o novo cargo.
Ao Estado, o COI ainda não confirmou se o brasileiro aceitou a nomeação e apenas indicou que fará o anúncio sobre a composição final do órgão até o final desta terça-feira.
Fazer parte do comitê de uma Olimpíada não é um cargo que se oferece automaticamente ao último organizador do evento. Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador de Londres-2012, não fez parte do grupo que monitorou os Jogos do Rio, quatro anos depois.
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Caso seja confirmado, Nuzman receberá quase R$ 1,5 mil por dia trabalhado, além de ter todas as despesas pagas pelo COI.
Além do novo cargo, o brasileiro ainda concorre para a assumir a presidência da Organização Esportiva Panamericana (Odepa), em uma eleição que ocorre nesta semana. Em 2016, ele foi eleito pela sexta vez consecutiva para presidir o Comitê Olímpico do Brasil e ficará no seu comando até 2020. No total, ele terá ocupado o cargo por 24 anos.
Nas últimas semanas, o COI vem promovendo uma campanha em jornais estrangeiros e em coletivas de imprensa para reforçar a ideia de que os Jogos no Rio geraram um legado importante para a cidade. A um jornal suíço, por exemplo, um editorial escrito pelo ex-prefeito Eduardo Paes foi oferecido.
Em nenhuma das ofensivas sobre o legado do evento, o COI mencionou que a Operação Lava Jato abriu investigações sobre obras relacionadas com o evento de 2016 no Rio de Janeiro.
Por enquanto, não se sabe sequer qual foi o custo final da Olimpíada de 2016. No início de abril, um relatório que seria apresentado pela Autoridade Pública Olímpica (APO) não foi divulgado e, segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou, faltam os dados da Prefeitura do Rio sobre o custo das instalações esportivas para o fechamento das contas.
A APO foi encerrada e deu lugar à Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo). Ela tem prazo para existir até 30 de junho de 2019, mas deve ser extinta quando acabar a verba que havia sido destinada à APO. Não se sabe ainda se será a Aglo que fará a prestação de contas da Olimpíada.