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Cielo diz que prisão de Coaracy e membros da CBDA 'não é surpresa, mas é triste'

06 abr 2017 às 16:24

A prisão de Coaracy Nunes e de outros membros da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) nesta quinta-feira não foi inesperada para Cesar Cielo. Apesar de ter sido vetado pelo Pinheiros de falar sobre o tema durante a entrevista coletiva, o nadador não se esquivou do assunto na conversa com os jornalistas.

"Vi a notícia antes de a gente entrar na coletiva. Não vou falar que é uma surpresa, a operação com a confederação já está rolando faz um tempo, mas é muito triste. Parece que a natação está tomando um golpe atrás do outro, até na questão de percepção da imagem da natação, política está se atrelando um pouco à performance pelo fato de não ter tido uma medalha no Rio", afirmou.


E ele espera que a situação seja resolvida rapidamente para não afetar a performance dos atletas, que se preparam para disputar o Troféu Maria Lenk - preparatório para o Mundial de Esportes Aquáticos em Budapeste.


"É um momento bem delicado que a gente está vivendo. Espero que o andamento das coisas seja pelo caminho da transparência, da verdade, a eleição está pendente, resolver tudo o que precisa agora para essa temporada. É um mês para o Maria Lenk e a gente ainda não tem novo presidente, espero que o desenrolar seja rápido para que não afete a preparação dos atletas para o Mundial", declarou.


Cielo explica que não foi chamado para prestar depoimento sobre as acusações envolvendo a CBDA e torce por uma reformulação na gestão da entidade. "É difícil trabalhar com credibilidade desse nível e buscar um patrocínio futuro. Vamos passar por um período de reformulação administrativa e política, espero que o novo presidente entre com vontade e cabeça de gestão para levantar de novo a empresa natação. A gente está em um momento bem delicado mesmo."


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a operação Águas Claras para apurar um esquema de desvio de recursos públicos repassados à CBDA. A PF cumpre quatro mandados de prisão preventiva, dois mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Até o momento, o presidente Coaracy Nunes, o coordenador técnico do polo aquático, Ricardo Cabral, e o diretor financeiro da confederação, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, estão entre os detidos. Quem está foragido é o superintendente Ricardo de Moura, que até pouco tempo atrás era candidato da situação nas eleições presidenciais.


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