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Chefes da F1 pedem calma após abertura 'chata' no Bahrein

26 mar 2010 às 09:57

Os dirigentes de equipes da Fórmula 1 pediram na sexta-feira que os torcedores tenham calma depois do GP tedioso de abertura da temporada, no Bahrein, e alertaram que seria precipitado mudar as regras para evitar as corridas sem ultrapassagens.

"Seria prematuro dizer que é assim que as futuras corridas vão se dar", disse Christian Horner, diretor da Red Bull, no circuito de Albert Park, onde acontece no domingo o GP da Austrália.


"Acho que vimos mais ação na primeira sessão (de treinos) hoje de manhã do que provavelmente em todo o fim de semana no Bahrein, e tenho a sensação de que muita coisa vai acontecer neste fim de semana de corrida."


Muitos disseram que os novos regulamentos, que proíbem por exemplo o reabastecimento, foram responsáveis pelo tédio na corrida de Sakhir, onde os pilotos tiveram dificuldades para ultrapassar e a prova na prática foi definida nos treinos para o grid de largada.


Algumas equipes defenderam alterações nas regras, e várias sugeriram que um segundo pit stop obrigatório daria mais emoções às provas, obrigando os pilotos a assumirem riscos.


Mas os dirigentes dizem torcer para que a ondulada pista de rua de Melbourne, que fica gradativamente mais lisa ao longo da prova, seja cenário de momentos mais espetaculares.


"Eu não defenderia nenhuma medida urgente, porque talvez tenhamos uma corrida fantástica aqui, e aí de repente esta questão em potencial vai desaparecer", disse Stefano Domenicali, da Ferrari.


Mas Martin Whitmarsh, da McLaren, deixou claro que, se houver outra "procissão" em Melbourne, a categoria terá de se repensar.


"Acho que a maioria de nós diria que ficamos frustrados pelo espetáculo criado pela corrida no Bahrein, mas temos de ser cuidadosos para não saltarmos para decisões com base em uma corrida", afirmou.

"Estamos cientes de que temos de ver isso muito atentamente, concordamos em nos reunir de novo na Malásia depois que tivermos tido duas corridas, e tenho certeza de que vamos conversar abertamente sobre quais são as opções, se precisamos fazer alguma coisa e, nesse caso, o que precisamos fazer."


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