Segundo principal centro metropolitano dos Estados Unidos, a cidade de Los Angeles passou longos 21 anos sem um time da NFL, principal liga de futebol americano. Agora, em um hiato de um ano, ganhou dois. O dono do Charges, Dean Spanos, confirmou que a franquia decidiu deixar San Diego após 56 anos na cidade e que, em 2017, já terá Los Angeles como casa. Para isso, terá que pagar uma taxa de mais de meio bilhão de dólares.
A possibilidade estava aberta desde exatamente um ano atrás, quando a assembleia formada pelos donos das franquias da NFL avaliou três pedidos de mudanças para Los Angeles. Aceitou que St. Louis Rams se transferisse para Los Angeles e admitiu que o Chargers, se quisesse, poderia dividir o estádio que está sendo construído para o Rams, o City of Champions Stadium. Se o Chargers não fizesse valer essa opção, aí o Oakland Raiders, terceiro interessado, poderia ficar com a vaga.
Nesta quinta, enfim, o Chargers confirmou que não vai deixar a oportunidade passar. Em carta, Spanos disse que San Diego será "para sempre parte da nossa identidade" e que ele e sua família mantinham a gratidão e o apresso pelo apoio e pela paixão dos torcedores de San Diego, também cidade da Califórnia, pouco ao sul de Los Angeles.
"Mas hoje, a gente vira a página e começa uma excitante nova era como Los Angeles Chargers. Los Angeles é um lugar notável, onde nós jogamos nossas primeiras três temporadas, nos anos 1960, e onde temos torcedores desde então", complementou Spanos.
O City of Champions Stadium, a cinco quilômetros do Aeroporto Internacional de Los Angeles, deverá ser inaugurado visando a temporada 2019. Dois anos depois, receberá o Super Bowl, a final da liga. Até lá, assim como já foi com o Rams em 2016, o Chargers deve jogar no Los Angeles Memorial Coliseum, casa da equipe da University of Southern California (USC).
Com a opção do Chargers, o Raiders fica impossibilitado de se transferir também para Los Angeles. O mais provável é que a franquia deixe Oakland e se instale em Las Vegas.