Eleita segunda melhor jogadora do mundo por um site especializado, a melhor atacante, Izabella Chiappini não vai mais defender a seleção brasileira de polo aquático. A jovem, filha do auxiliar técnico da seleção Roberto Chiappini e da ex-jogadora Raquel, decidiu utilizar a cidadania italiana e defender a Itália a partir deste ano.
Iza, como é conhecida, já defende o Messina e é a segunda artilheira do Campeonato Italiano. Talento precoce, filha do treinador do Pinheiros, principal celeiro do país, ela chegou à seleção brasileira com 15 anos, conquistando o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011.
Aos 20, foi o destaque da seleção brasileira feminina em sua primeira participação olímpica, no Rio, onde o Brasil teve vaga por ser dono da casa. A equipe só perdeu e, na falta de perspectiva para as atletas da modalidade, dificilmente voltará tão cedo a uma Olimpíada.
A decisão de Iza está longe de ser inédita. No passado, Kiko Perrone e, depois, seu irmão Felipe, também escolheram jogar pela Espanha porque não viam perspectivas no polo aquático brasileiro. Felipe, considerado um dos melhores do mundo no século, defendeu o Brasil no Pan de 2003 e voltou a ser "brasileiro" para jogar os Jogos do Rio. Tudo indica que, já este ano, ele acerte seu retorno à seleção espanhola.
Diante deste cenário, não havia muito o que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) fazer. Nesta quarta-feira, a entidade publicou a carta que recebeu de Iza e desejou a ela boa sorte.
"Venho através, comunicá-los que infelizmente (pelo menos para mim), não vou mais defender o Brasil em competições internacionais. Fui convidada a defender uma nova bandeira (Itália, ainda não sei se vai dar certo...), mas o projeto que me apresentaram é muito bom, motivante e desafiador", explicou a jogadora. "Ainda tenho muitas ambições com atleta, por isso aceitei esse novo desafio", completou. "Sorte, Izabela. Sempre torcendo por ti, 'bella ragazza'!", respondeu a CBDA, pelo Twitter. "Grazie mille", ela replicou.