A equipe que defendeu o Brasil no Grupo Mundial da Copa Davis diante dos Estados Unidos, entre a última sexta-feira e domingo, em Jacksonville (EUA), desembarcou nesta manhã de terça no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). Na chegada, o capitão brasileiro João Zwetsch exaltou a participação dos tenistas do País, que só foi ser superado no quinto e decisivo confronto da série melhor de cinco jogos pelos norte-americanos, e já focou a participação brasileira na repescagem da competição, contra rival a ser definido.
"Será um confronto difícil (na repescagem), muitos países que vão estar nos playoffs são fortes. Tem muitos europeus, equipes fortes que vão estar lutando. Imagino que o Brasil saia de cabeça de chave, o que nos ajuda um pouco. E antes de tudo torcermos para jogarmos dentro de casa. Demos canseira lá nos Estados Unidos, imagina se tivesse sido aqui", afirmou Zwetsch, acreditando que os brasileiros teriam chances bem maiores de avançar à próxima fase da Davis caso tivessem atuado como mandantes.
Diante dos Estados Unidos, o Brasil amargou um primeiro dia ruim de duelos, com derrotas por 3 sets a 0 de Thomaz Bellucci para Sam Querrey e de Thiago Alves para John Isner. No sábado, porém, Marcelo Melo e Bruno Soares bateram a maior dupla da atualidade no tênis, formada pelos irmãos Mike e Bob Bryan, por 3 sets a 2, mesmo placar da vitória de Bellucci sobre Isner no domingo, quando Querrey acabou garantindo o triunfo aos norte-americanos ao superar Thiago Alves por 3 a 1.
"Os jogos ali são definidos nos detalhes. O Thiago no último jogo tinha um desafio muito grande. Cada um joga em um nível, mas dentro de quadra se aproximou muito. O Thiago soube tirar proveito de tudo o que pode dentro de quadra", destacou Zwetsch, para depois reconhecer que a missão brasileira era realmente muito dura em Jacksonville.
"Antes de sair daqui sempre falei que a gente se preparava para jogos difíceis, que a quadra rápida que favorecia muito o jogo deles, com um saque rápido. Nós tentamos levar o confronto para momentos em que tínhamos mais chances", enfatizou.
Bellucci, por sua vez, destacou que a sua vitória sobre Isner, tenista número 1 dos Estados Unidos e atual 16.º do ranking da ATP, lhe deu muita moral para os desafios que terá pela frente neste ano no circuito profissional. "Isso dá confiança para o resto da temporada. Para mim, foi um jogo muito importante e ganhei muita confiança com essa vitória. Cheguei no terceiro set e vi que ele estava cansado e comecei a pegar mais o saque dele", disse o jogador número 1 do Brasil, antes de valorizar a participação do País como um todo neste último confronto da Davis. "Nós mostramos que estamos preparados para grandes desafios", completou.