O Brasil não terá representantes na disputa da classe 49er da vela na Olimpíada de Londres. No Mundial da modalidade, última oportunidade de classificação olímpica, que acontece em Zadar, na Croácia, a dupla brasileira formada por André Fonseca e Marco Grael ficou fora da disputa pela vaga.
Após a fase de classificação do Mundial, a dupla brasileira não conseguiu ficar entre os 25 primeiros colocados, que vão disputar o título na Flotilha de Ouro. Assim, eles não têm mais chances de ficar com uma das cinco vagas olímpicas que serão distribuídas na competição na Croácia.
"Lutamos, treinamos muito e batalhamos, mas não conseguimos conquistar bons resultados. Pelo contrário, foi bem difícil. Encontramos pela frente regatas em nossa pior condição, de vento fraco. Já vínhamos sofrendo com a performance nesse tipo de condição e não conseguimos melhorar o desempenho", lamentou André Fonseca, que perdeu a chance de ir para a sua quarta Olimpíada.
"Agora, é tentar colocar a cabeça no lugar, ver o que deu certo e o que deu errado, corrigir os erros e se preparar para o futuro. Afinal, 2016 é uma realidade", disse André Fonseca, conhecido como Bochecha, já projetando a continuidade da dupla com Marco Grael, filho do supercampeão Torben Grael, para a Olimpíada do Rio.
A vela brasileira ainda busca classificação olímpica na classe 470 masculina. Para isso, depende do resultado do Mundial, que começa no domingo, em Barcelona, na Espanha. Duas duplas do Brasil, Fábio Pillar/Gustavo Thiesen e Henrique Haddad/Nicolas Castro, estarão na disputa da competição, que dará sete vagas para os Jogos de Londres.
Já no Mundial da classe Laser, encerrado nesta quinta-feira, em Boltenhagen, na Alemanha, o brasileiro Bruno Fontes conseguiu a 14ª colocação - o campeão foi o australiano Tom Slingsby. "Foi uma competição muito complicada por causa do frio e dos ventos fracos e rondados. Confesso que acabei sendo conservador nas regatas. Havia espaço para arriscar mais", admitiu o velejador do Brasil, que já tinha vaga olímpica assegurada.