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Brasil entregará obras 1 ano antes dos Jogos, diz Temer

12 ago 2012 às 15:51

O Brasil entregará as instalações da Olimpíada de 2016 com um ano de antecedência para um período de testes, como fizeram os britânicos, afirmou o vice-presidente Michel Temer. "Temos ainda quatro anos pela frente e as obras já estão sendo executadas", disse ele, que está em Londres para acompanhar a cerimônia de encerramento dos Jogos neste domingo.

O cronograma do Reino Unido contou com um ano de preparação, quatro anos de obras e um ano de testes. "O Brasil já está se preparando há quase dois anos, vamos cumprir esse cronograma", afirmou Temer. Conforme o vice-presidente, o período de 2015 a 2016 será dedicado à execução dos testes das instalações olímpicas do Rio.


As afirmações entram em contraste com a percepção de que as obras estão atrasadas no País. Chama a atenção o fato da organização dos Jogos do Rio ainda não ter nem um orçamento pronto. Não se sabe, portanto, quanto o Brasil vai gastar para realizar a Olimpíada. "O orçamento virá no ano que vem", avisou Temer. "Não temos preocupações à vista."


Londres deu "exemplo de organização", nas palavras do próprio Temer. O orçamento público dos Jogos de 2012 somou 9,3 bilhões de libras (cerca de R$ 30 bilhões). O país construiu todo o Parque Olímpico e reforçou a infraestrutura de transporte público - o local, no leste da cidade, é servido por duas linhas de metrô e uma de trem, além do trem de alta velocidade.


Entre os ensinamentos aprendidos com os britânicos, o vice-presidente apontou que o Brasil buscará a profissionalização dos voluntários. Em Londres, a equipe que se dispôs a trabalhar gratuitamente nos Jogos foi elogiada pelo clima de alto astral. Mas Temer citou o caso de uma voluntária que atuou como motorista, mas morava na cidade de Istambul e não conhecia a capital inglesa tão bem. Para ele, pode ser mais interessante fazer uma preparação maior dos voluntários.


Os principais problemas enfrentados por Londres foram o descumprimento do contrato da empresa de segurança privada e os lugares vazios nos estádios, em razão da forma de alocação de ingressos do Comitê Olímpico Internacional (COI). Sobre a segurança, o vice-presidente da República disse que as forças públicas atuarão conjuntamente. "O caso dos assentos vazios servirá de base para nossa discussão", revelou.

Um ponto a melhorar, apontou Temer, é o quadro de medalhas. O Brasil fecha sua participação em Londres com 17 pódios, superando a marca de 15 obtidos em Pequim, conforme o esperado. Para 2016, o vice-presidente acredita que é preciso melhorar o desempenho.


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