A Seleção Brasileira feminina de basquete ainda não se encontrou no Mundial da Turquia. Após a derrota para a República Tcheca, na estreia, foi a vez de perder para as atuais campeãs europeias, a Espanha, por 83 a 56.
As destaques da partida foram as espanholas Torrens e Lyttle, com 15 pontos cada. Pelo lado brasileiro, a melhor foi Érika, com 12 pontos, seguida por Clarissa, com nove. Nos rebotes, destaque para a espanhola Lyttle, com 13, que também liderou nas assistências, com cinco.
A partida foi resolvida já no segundo quarto de jogo. O Brasil liderou o primeiro, contando com uma série de erros das rivais em lances livres, mas na volta para o segundo, a Espanha conseguiu um atropelo, vencendo por 29 a 13, enquanto as brasileiras mantiveram o aproveitamento ruim em chutes de quadra (40%) e erros (20), além de ser superada em rebotes (41 a 28).
Agora, o Brasil vai para o tudo ou nada contra o Japão, na terça-feira, às 8h (de Brasília). Uma vitória, garante a Seleção Brasileira na segunda fase do torneio, enquanto uma derrota, sacramenta a desclassificação da equipe do Mundial.
1º QUARTO
Com cinco minutos de partida, o placar mostrava 8 a 4 para a Espanha e a superioridade não se restringia aos números somente. Na partida, as atuais campeãs europeias não davam chance às brasileiras a cada ataque.
A pontaria brasileira voltou a preocupar no primeiro quarto, mas a defesa começou a se acertar, com as jogadoras correndo de um lado para o outro, incansáveis. Uma boa infiltração de Érika trouxe o placar para 8 a 6, mas com quatro minutos para o fim do quarto, a pivô já estava carregada com três faltas.
Com 1m20 para o fim do primeiro quarto, o Brasil conseguiu passar à frente no placar, liderando por apenas um ponto (10 a 9), mas foi prontamente respondido pelas espanholas, que voltaram a liderar por 11 a 10.
Com o fim do primeiro período de jogo, o placar mostrava a Seleção Brasileira à frente, com 13 a 12. Em números gerais, a vitória da equipe veio pelo fraco desempenho em lances livres das rivais, que converteram apenas duas bolas em oito chances. Por sua vez, o Brasil teve em Clarissa (cinco pontos) e Érika (quatro), as destaques do jogo.
2º QUARTO
A reação das espanholas não tardou a acontecer. Com uma série de erros seguidos do Brasil (dois desperdícios e Débora e um rebote perdido por Nádia), a Espanha voltou ao comando do placar, com 21 a 15.
Em apenas quatro minutos, a Espanha já havia colocado 12 pontos à frente da Seleção, com infiltrações fáceis ante uma defesa desarrumada das brasileiras. No banco, Zanon não parecia encontrar uma saída para o atropelo das espanholas no quarto (17 a 4, até então).
As brasileiras voltaram a sofrer com os arremessos de quadra, chegando a 33% de aproveitamento (7 em 21 tentativas) e, com isso, a Espanha chegou a uma distância cada vez maior, quase dobrando o placar do Brasil (33 a 17).
As espanholas seguiam muito mal nos lances livres, mas compensavam com um bom aproveitamento nos chutes de quadra (55% com 1m30s para o fim do quarto). O segundo quarto seguiu a mesma toada até o fim, em que a Espanha consolidou sua vitória por 29 a 13 (41 a 26).
3º QUARTO
Na volta do intervalo, o que se viu em quadra foi o mesmo tom das parciais anteriores. O ataque brasileiro era ineficaz, enquanto a Espanha mostrava uma consistência superior dentro de quadra. As brasileiras passaram a abusar das faltas, mas contaram com a falta de pontaria das rivais nos lances (3/14).
A distância, com quatro minutos para o fim do quarto, seguia sempre entre 15 e 17 pontos, e as brasileiras não tinham o mínimo de força para reagir ao ímpeto espanhol (51 a 35). A partida seguia para um atropelo das adversárias.
O quarto chegou ao fim com vitória espanhola por 20 a 14, com 61 a 40 no agregado. Com um fraco desempenho ofensivo e a defesa brasileira sem funcionar como na estreia, a Espanha caminhava cada vez mais para uma vitória tranquila.
4º QUARTO
Logo no início do quarto final a vitória da Espanha já foi selada. Com 12 a 5 nos primeiros cinco minutos, o treinador brasileiro Luiz Augusto Zanon já começou a tirar suas titulares de quadra, para dar ritmo às reservas e descansar suas principais atletas.
Ramona entrou bem na partida e começou a comandar a pontuação brasileira na parcial, com um bom aproveitamento no ataque. Ainda assim, a distância era muito grande para ser ultrapassada.
A partida chegou ao fim com o completo domínio espanhol, que "trucidou" a defesa brasileira e restringiu, novamente, o aproveitamento do ataque do Brasil a um percentual pífio, vencendo por 83 a 56. Agora, a sorte brasileira está lançada contra o Japão.