O sorteio que definiu a Argentina como futura rival do Brasil na Copa Davis agradou Thomaz Bellucci. Herói da equipe que eliminou a favorita Espanha nos playoffs da competição, no fim de semana passado, o número 1 do País afirmou nesta quinta-feira que o Brasil terá boas chances de vencer os rivais sul-americanos, mas prefere jogar o favoritismo para os vizinhos, que sediarão o confronto.
"Dentro das possibilidades que a gente tinha, acho que foi um bom sorteio, mesmo jogando fora de casa", comentou Bellucci. "Em relação há anos atrás, a Argentina hoje está mais fraca, apesar de ter vários jogadores entre os 100 do mundo e várias possibilidades para o confronto."
A Argentina enfrentará o Brasil na primeira rodada do Grupo Mundial, entre os dias 6 e 8 de março, depois de passar sufoco no fim de semana. Derrotada na primeira rodada deste ano, precisou disputar a repescagem e suou para vencer a modesta equipe de Israel por 3 a 2 na série melhor-de-cinco jogos.
Para a temporada 2015, a equipe sul-americana tem poucas chances de contar com Juan Martín del Potro, seu principal tenista. Ex-número quatro do mundo, ele ainda se recupera de lesão e tem difícil relacionamento com a federação local. Assim, a Argentina deverá ser representada por Leonardo Mayer, atual número 25 do ranking, Federico Delbonis (58º), Carlos Berlocq (67º) e Diego Schwartzman (98º).
Na avaliação de Bellucci, os rivais são os favoritos por terem a chance de jogar em casa e escolher o piso do confronto. "Eles são favoritos, ainda mais jogado dentro de casa, com uma torcida que joga junto com o time. Mas nós também poderemos surpreender como fizemos com a Espanha", ponderou.
Embalado pela grande vitória sobre a Espanha, ele já projeta repetir no circuito o desempenho apresentado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. "O nosso circuito não para. Estou convivendo com a emoção da conquista na Copa Davis e me preparando para o próximo torneio. Quero levar comigo toda essa emoção e confiança até o final de temporada", disse o brasileiro, que viajará nesta sexta para a Europa.
Lá disputará uma série de seis torneios em quadra rápida coberta: serão três challengers - Orleans (França), Mons (Bélgica) e Rennes (França) -, os ATPs de Moscou e Valência e o Masters 1000 de Paris.