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Às vésperas de final, Bernardinho mostra preocupação com o país

25 abr 2014 às 13:28

Às vésperas da final da Superliga Feminina, neste domingo, não é somente o Sesi-SP que vem preocupando o técnico Bernardinho. Comandante da Unilever, que enfrentará a equipe paulista na decisão do campeonato nacional, o também treinador da Seleção Brasileira masculina disse que está aflito com os rumos do país como um todo, e também com a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", Bernardinho disse que o Brasil não tem planejamento e precisa se preocupar com o futuro. - A crítica é muito mais ampla do que à cidade olímpica ou o país da Olimpíada. É um país sem prioridades, sem planejamento, onde nada é respeitado. Orçamentos e prazos não são respeitados. Meu dissabor e minha frustração são com o país. Temos coisas sérias e importantes a criticar e tentar mudar. (...) A maior crise que a gente vive é de valores morais e éticos. Segundo, é preciso estabelecer prioridades e trabalhar por elas - disse o treinador ao jornal.


Bernardinho também foi crítico com o andamento dos grandes eventos esportivos que o Brasil receberá, especialmente com a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Segundo ele, falta um controle mais efetivo nos projetos ligados aos Jogos e à Copa do Mundo.


- Aqui, tudo é possível. A permissividade é absoluta. A Copa está a 50 dias e temos o que temos, a Olimpíada a dois anos e é aquela história de dar um jeito depois. Um projeto em que você tem todos os níveis de governo mais a iniciativa privada é algo que, no nosso país, é quase inadministrável - falou o comandante da Seleção Brasileira. O treinador também tocou em outro ponto relevante, dos escândalos recentes na administração da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), que culminou na saída de Ary Graça do cargo de presidente licenciado. Bernardinho vê mudanças positivas nas últimas semanas.

- As mudanças estão acontecendo, claramente. Talvez não na velocidade que nós gostaríamos. Práticas do passado não acontecem mais. (...) Quando disse que me senti traído, era o sentimento que se apoderou de mim. Porque fiz alertas para a gestão anterior de coisas que eu via que não estavam corretas. E não deram importância - falou o técnico.


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