A confissão do ex-ciclista Lance Armstrong de que fez uso de doping em toda a sua carreira provocou um trote na Biblioteca de Manly, em Sydney, na Austrália. Em um cartaz colocado em uma proteção plástica em uma prateleira da instituição havia a informação de que todos os livros sobre o ex-atleta seriam transferidos para a seção de ficção. Mas tudo não passou de uma brincadeira.
"Todos os livros de não-ficção de Lance Armstrong, incluindo 'Lance Armstrong: Imagens de um Campeão', 'Lance Armstrong: Programa de Treinamento' e 'Lance Armstrong: O Maior Campeão do Mundo', serão em breve movidos para a seção de ficção", dizia o informe. A foto do cartaz acabou parando na internet e rapidamente gerou comentários sobre o caso. Um deles dizia que o "inferno não tem fúria como a de um bibliotecário".
Horas depois, no entanto, a direção da instituição afirmou que o aviso havia sido um trote e que uma investigação seria realizada. - Bibliotecas não podem arbitrariamente reclassificar as categorias dos livros porque isto depende do número ISBN que é emitido pela Biblioteca Nacional - disse um porta-voz do Conselho de Manly, que administra a biblioteca.
Na semana passada, em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, o americano Lance Armstrong, de 41 anos, confessou o uso de doping para conquistar os sete títulos da Volta da França. O ex-ciclista havia sido alvo de intensa investigação da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada). Ele acabou banido do esporte e perdeu todos os títulos da competição francesa. O Comitê Olímpico Internacional (COI) também decidiu retirar do ex-atleta a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000.