A famosa propaganda do rúgbi dizia que "esse esporte ainda vai ser grande no Brasil". A sentença ainda não se tornou verdade, mas alguns passos estão sendo dados. No último sábado, talvez o maior deles tenha sido a vitória do Brasil sobre os EUA, por 24 a 23, na Arena Barueri, pela quarta rodada do Campeonato das Américas, equivalente local do Six Nations para a Europa.
O triunfo foi histórico porque o Brasil era apenas o 42º do ranking mundial, enquanto os EUA ocupam o 16.º lugar. Ainda que os norte-americanos não estejam entre as potências da modalidade, brigando por títulos, ao menos têm a experiência de disputar o Mundial, algo que o Brasil nunca fez.
"A vitória do Brasil contra os Estados Unidos foi significativa por diversos motivos: foi nosso primeiro triunfo no torneio, depois de quase ganhar dois jogos, e foi diante da equipe que liderava o torneio até então", comemora Agustin Danza, CEO da Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu).
Graças à vitória, o Brasil subiu quatro colocações no ranking mundial, para agora aparecer no 38º lugar. Ainda continua atrás de seus rivais do Cone Sul: Paraguai (37º), Chile (27º), Uruguai (20º) e Argentina (quinto).
Pelo complexo sistema de eliminatórias para o Mundial, a Argentina teve direita a uma vaga na edição de 2015. EUA e Canadá se enfrentaram, com o vencedor (o Canadá) se classificando. O perdedor (EUA) ainda teve mais uma chance, contra o melhor dentre todos os outros países da América. No Mundial, os EUA fizeram quatro jogos e só perderam.