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Adrian Newey sobre Senna: "me assombra até hoje"

02 out 2013 às 13:26

Adrian Newey é aclamado por desenvolver o carro da Red Bull, imbatível nas últimas temporadas com o alemão Sebastian Vettel a bordo. Pouca gente sabe que Newey também era projetista-chefe da Williams em 1994, ano da morte do tricampeão Ayrton Senna.

"O que aconteceu naquele dia, o que causou o acidente, ainda me assombra até hoje" "A causa foi a quebra da coluna de direção ou foi um acidente?", questionou em entrevista à BBC.


Senna morreu após bater forte com a Williams na curva Tamburello. Uma barra da suspensão direita perfurou o capacete do brasileiro na altura da viseira. Os estudos sobre a causa do acidente apontaram para quebra na coluna de direção.


"Não há duvidas de que a coluna quebrou. Da mesma forma, todos os dados, todas as câmeras do circuito, a câmera on-board de Michael Schumacher, nada parece ser consistente com uma quebra na coluna de direção. O carro saiu de traseira inicialmente, e Ayrton corrigiu isso, mas só foi reto".


"Mas a primeira coisa que aconteceu foi sair de traseira, a mesma coisa você vai ver algumas vezes nos ovais nos Estados Unidos. O carro perde a traseira, o piloto corrige e vai direto ao muro, o que não parece uma quebra da coluna de direção", acrescentou Newey.


O projetista da Red Bull também afirmou na entrevista que a maior frustração da sua carreira foi não ter projetado um bom carro para Senna no início da temporada de 1994. Em três corridas, o brasileiro não marcou nenhum ponto.

"Havia uma aura sobre ele, algo difícil de descrever. Ele com certeza tinha presença. Acho que uma coisa que sempre vai me assombrar é que ele veio para a Williams porque tínhamos feitos carros bons nos últimos três anos e ele queria estar no time que pensava ter construído o melhor carro. E, infelizmente, o carro de 1994 não era bom. Ayrton tinha talento puro e determinação. Ele tentava levar aquele carro adiante e fazer coisas que não era capaz. É uma pena, e tão injusto, que ele estivesse nessa posição. E, claro, no momento em que corrigimos o carro, ele não estava mais conosco".


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