Pela primeira vez desde os Jogos de Barcelona, em 1992, o Brasil não conquistou nenhuma medalha olímpica no atletismo. Em Londres, alguns brasileiros chegaram como esperanças de pódio em suas modalidades, como Fabiana Murer, no salto com vara, e Maurren Maggi, no salto em distância, mas não se confirmaram.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, assinada pelo presidente Roberto Gesta de Melo e pelo presidente eleito José Antônio Martins Fernandes, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) admitiu que o desempenho do atletismo nos Jogos Olímpicos de Londres não foi o esperado. A própria entidade, no entanto, disse que estes atletas "merecem o devido apreço" pelos resultados internacionais já obtidos.
"Alguns resultados não foram absolutamente os esperados pela comunidade atlética nacional, apesar do empenho dos desportistas, alguns deles com títulos e medalhas em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais. Eles já obtiveram marcantes conquistas internacionais e merecem o devido apreço", apontou a nota.
Apesar de admitir a decepção, a CBAt negou que a preparação não tenha sido feita da melhor maneira possível. "Os atletas brasileiros de atletismo tiveram a melhor preparação possível para os Jogos Olímpicos de Londres, conforme o planejamento apresentado por seus treinadores, com o apoio do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), da CBAt e de seus clubes".
Por fim, a entidade garantiu que já começou a planejar os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando espera que a modalidade tenha um melhor rendimento. "Novos desafios serão enfrentados pelo atletismo do Brasil, sob novo comando, no próximo quadriênio, o maior dos quais a participação nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. A mesma disposição em procurar dar as melhores condições aos atletas e treinadores, com a ampliação dos projetos já usados e o acréscimo de outros".