Em sua melhor apresentação na Olimpíada de Londres, a seleção brasileira feminina de vôlei venceu o Japão por 3 sets a 0, nesta quinta-feira, e ganhou o direito de defender o título conquistado há quatro anos. O tranquilo triunfo por 25/18, 25/15 e 25/18 sobre as asiáticas garantiu a reedição da final dos Jogos de Pequim, diante dos Estados Unidos. O tira-teima está marcado para acontecer neste sábado, às 18h30 (horário de Brasília).
Depois de uma primeira fase irregular, em que se classificou apenas em quarto lugar de sua chave, o time do técnico José Roberto Guimarães reencontrou sua velha boa forma no "mata-mata". Nas quartas de final, superou a favorita Rússia num emocionante tie-break. Nesta quinta, não tomou conhecimento do Japão, de quem tinha perdido por 3 a 0 em novembro do ano passado, pela Copa do Mundo.
O segredo para a fácil vitória brasileira foi o show proporcionado pelo bloqueio, responsável por 14 pontos. As japonesas, mais baixas e, por isso, com um histórico de baixa eficiência na rede, fizeram apenas um ponto nesse fundamento. A levantadora Dani Lins usou bem as duas centrais, com destaque para Thaísa, que acertou oito de dez ataques. Além disso, a equipe mostrou uma regularidade inédita até então em Londres - concedeu apenas sete pontos em erros às asiáticas.
O duelo até começou equilibrado, e as equipes alternaram-se na liderança até o segundo tempo técnico, em que Zé Roberto reclamou do posicionamento da defesa. A equipe respondeu logo no ponto seguinte, em que salvou três potentes ataques. Mas o que fez a diferença foi o bloqueio, com oito acertos no primeiro set, fechado em 25 a 18.
A muralha verde-amarela não foi tão efetiva na segunda parcial, em que anotou apenas três pontos. Mas a equipe continuou defendendo bem e melhorou sua eficiência nos contra-ataques. Jaqueline, que não havia pontuado no set anterior, começou a virar e foi mais uma opção para Dani Lins. A diferença de atuação entre os times refletiu-se no placar. As brasileiras comandaram o jogo com folga e fecharam em 25 a 15, sua segunda maior vantagem em toda a Olimpíada.
Dani Lins era a única titular brasileira que não havia feito ponto de bloqueio, mas garantiu o seu no terceiro set. A levantadora também mostrou categoria nas bolas de segunda - terminou o jogo com três pontos vindos desse recurso. As japonesas não tinham mais confiança para atacar e abusaram de largadas inúteis. Estava tão fácil que Zé Roberto virou regente da torcida brasileira, sempre em maioria nos jogos de vôlei em Londres. Jaqueline fechou o jogo com um contra-ataque em 25 a 18 e fez o ginásio explodir.